Policiais e membros do serviço de emergência bloqueiam rua no centro de Paris depois que uma pessoa foi morta e vários feridos por um homem armado com uma faca, que foi morto a tiros pela polícia - AFP photo/ Thomas Samson
Policiais e membros do serviço de emergência bloqueiam rua no centro de Paris depois que uma pessoa foi morta e vários feridos por um homem armado com uma faca, que foi morto a tiros pela políciaAFP photo/ Thomas Samson
Por AFP

Paris - Um homem armado com uma faca matou uma pessoa e feriu outras quatro neste sábado à noite em Paris. Ele foi abatido pela polícia, em um ato cujas motivações ainda são desconhecidas. A promotoria informou que, segundo testemunhas, o autor do ataque gritou "Allahu Akbar", que significa Deus é grande, em árabe.

O ataque ocorreu perto da Ópera Garnier, uma zona central cheia de bares, restaurantes e teatros, muito movimentada nas noites de sábado.

Pouco antes das 21h, horário local, o homem esfaqueou cinco pessoas, entre elas um pedestre que morreu em consequência de seus ferimentos, indicou o diretor de gabinete da chefia de polícia de Paris, Pierre Gaudin.

Testemunhas relataram pânico e disseram ao site francês France24 que a polícia tentou controlar o agressor com um taser, arma de eletrochoque usada para imobilização, mas a medida não surtiu efeito, o que levou os agentes a fazer dois disparos com arma de fogo.

Duas pessoas ficaram gravemente feridas no ataque e foram levadas a um hospital do oeste de Paris. As outras duas tiveram ferimentos leves.

Um ato atroz

O ministro do Interior, Gérard Collomb, elogiou no Twitter "o sangue frio e a capacidade de resposta das forças policiais que neutralizaram o agressor". "Meus primeiros pensamentos são para as vítimas deste ato atroz", acrescentou.

A brigada criminal da polícia judicial de Paris abriu uma investigação sobre o ocorrido, segundo uma fonte judicial. A motivação do agressor ainda é desconhecida.

As forças policiais estabeleceram um perímetro de segurança em torno do lugar do ataque, para onde se dirigiram muitos veículos da polícia, de bombeiros e dos serviços de emergência.

"Estava na varanda de um café, escutei três ou quatro disparos, foi tudo muito rápido. Os garçons nos disseram para entrar rapidamente. Depois saí para ver o que estava acontecendo e vi um homem no chão", disse à AFP Gloria, de 47 anos.

A agressão ocorre em um momento em que a França vive sob ameaça terrorista. O último ataque mortal, em 23 de março em Carcassonne, no sul do país, elevou para 245 o número de vítimas mortais em atentados perpetrados em solo francês desde 2015.

Não é o primeiro ataque com faca na França. Houve um em Marselha (sudeste) em outubro de 2017.

A França participa da coalizão militar internacional que intervém na Síria e Iraque contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI). Em meados de abril, a França, junto com Estados Unidos e Reino Unido, atacaram lugares de produção e armazenamento de armas químicas do regime sírio de Bashar al Assad.

*Com informações do Estadão Conteúdo

 

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