Washington - A política econômica do presidente Donald Trump agravou a pobreza extrema nos Estados Unidos. A conclusão faz parte de um relatório divulgado neste sábado pela ONU, que cita o fim das ajudas sociais e a política de favorecimento aos ricos. Investigador de direitos humanos da ONU, o relator Philip Alston recomenda às autoridades que adotem um sistema de proteção social para tratar as origens da pobreza em vez de 'punir e prender pobres'.
Enquanto benefícios de segurança social e acesso à Saúde são cortados, a reforma tributária garantiu ganhos financeiros às grandes empresas, aumentando a desigualdade, diz Alston. "A política adotada parece destinada a acabar, deliberadamente, com as proteções fundamentais destinadas aos mais pobres, punir os que não têm emprego e até transformar em privilégio o acesso a serviços básicos de saúde", escreve o relator.
Quase 41 milhões de pessoas vivem em situação de pobreza 12,7% da população. Outras 18,5 milhões de pessoas estão em extrema pobreza. As crianças representam um em cada três integrantes dessas populações vulneráveis, afirma o especialista da ONU. O levantamento, feito a partir de 2016, aponta que o país tem a maior taxa de pobreza entre os jovens entre todos os países industrializados.
