Pais têm enfrentado o complexo sistema de imigração americano para conseguir reaver seus filhos - AFP photo/ US Customs and Border Protection/Handut
Pais têm enfrentado o complexo sistema de imigração americano para conseguir reaver seus filhosAFP photo/ US Customs and Border Protection/Handut
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O presidente americano, Donald Trump, assinou ontem uma ordem para pôr fim à separação das famílias de imigrantes na fronteira, revertendo uma prática que causou críticas em seu país e no mundo e mal-estar dentro do próprio Partido Republicano. Até a mulher dele, Melania, criticou a medida.

Trump sofreu uma avalanche de críticas por sua política de "tolerância zero" sobre a imigração ilegal, lançada no começo de maio, que levou à separação de mais de 2,3 mil menores de seus pais, que tentavam entrar nos EUA fugindo da pobreza na América Central.

Fotos e áudios de crianças confinadas em jaulas, nos quais se ouve o choro desesperado de pequenos detidos, enquanto seus pais estavam presos à espera do processo, provocaram uma onda de indignação e acusações de violação dos direitos humanos.

"Não gostei de ver as famílias separadas", disse Trump, ao assinar a ordem, após ter insistido durante semanas que não cederia pois não queria transformar os EUA em "um campo de refugiados".

Mas Trump ressaltou diante das câmeras que a luta contra a imigração ilegal na fronteira será "igualmente dura, senão mais dura".

Segundo o decreto, o Departamento de Segurança Interna (DHS) será responsável por todo o processo com as famílias de imigrantes ilegais e não os de Justiça e de Saúde, como estipulava a política anterior. O texto diz que o governo tem a intenção de reter as famílias por tempo indefinido, e não pelo limite de 20 dias, prazo máximo em caso de crianças acordado internacionalmente.

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