Pedestres e ciclistas foram atropelados, na manhã desta terça-feira, quando um motorista invadiu a calçada e chegou a passar pela barreira de segurança do Parlamento britânico. Caso é investigado como terrorismo  - AFP
Pedestres e ciclistas foram atropelados, na manhã desta terça-feira, quando um motorista invadiu a calçada e chegou a passar pela barreira de segurança do Parlamento britânico. Caso é investigado como terrorismo AFP
Por O Dia

Londres - Várias pessoas ficaram feridas, sem risco de morte, em um atropelamento diante do Parlamento em Londres. O homem chegou a ultrapassar as barreiras de segurança do Parlamento e atingiu ciclistas e pedestres. A polícia investiga o caso como um "ato terrorista", mas ainda não foi confirmado como tal. 

O homem tem entre 25 e 30 anos e foi preso pela polícia. Ele é suspeito de "crimes de terrorismo", informou a Scotland Yard em um comunicado. Segundo as informações, ele não está colaborando com o interrogatório. 

"Nesta etapa tratamos isto como um incidente terrorista. O Comando Antiterrorista da Polícia Metropolitana dirige a investigação", afirma um comunicado da força de segurança.

Pedestres e ciclistas foram atropelados, na manhã desta terça-feira, quando um motorista invadiu a calçada e chegou a passar pela barreira de segurança do Parlamento britânico. Caso é investigado como terrorismo - AFP

Testemunhas disseram que o motorista jogou de propósito o carro, um Ford Fiesta,  contra as pessoas, antes de colidir contra a barreira de segurança. O incidente ocorreu por volta das 7h40 do horário local (3h40, pelo horário de Brasília).

O motorista, único ocupante do veículo, foi detido na hora, de acordo com a Scotland Yard, que não encontrou nenhuma arma na área do ataque.

"Apesar de mantermos a mente aberta, o Comando Antiterrorista da Polícia Metropolitana lidera a investigação sobre o incidente de #Westminster", anunciou a força de segurança no Twitter.

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram o momento em que policiais fortemente armados cercaram o veículo, do qual retiraram o motorista, que foi algemado. As ruas ao redor do Parlamento em Westminster foram fechadas.

Diversas viaturas da polícia e ambulâncias foram enviadas às proximidades do Parlamento, assim como o esquadrão antibombas e cães farejadores. A estação de metrô de Westminster também foi fechada.

Toda a área do incidente era sobrevoada por um helicóptero e foi isolada pelas forças de segurança.

Barreira de proteção

"Parecia um ato deliberado", afirmou Ewalina Ochab, que passava pela área no momento do incidente, à agência britânica Press Association. "Eu estava caminhando o outro lado. Ouvi um barulho e alguém gritou. Eu virei e vi um carro prata em alta velocidade e muito perto das barreiras, talvez sobre a calçada", disse.

A primeira-ministra Theresa May expressou solidariedade aos feridos e agradeceu aos serviços de emergência por sua resposta "corajosa e rápida".

 

O Reino Unido foi cenário em 2017 de uma onda de atentados, quatro deles reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico, que deixaram 36 mortos e 200 feridos. Um dos ataques aconteceu em março na Ponte de Westminster, que leva ao Parlamento.

O autor do atentado de março do ano passado, Khalid Masood, atropelou várias pessoas na ponte e avançou com o carro até as grades do Parlamento. Depois, Masood desceu do carro, entrou na área do Parlamento e esfaqueou até a morte um policial, antes de ser morto por outros agentes das forças de segurança.

Desde então uma barreira de segurança de cimento e aço foi foi instalada ao redor das grades do Parlamento e nas calçadas que levam à ponte.

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