'Um criador pensou que eu não tinha valor quando não conseguia mais produzir filhotes', diz cartaz em campanha por Lucy - Reprodução
'Um criador pensou que eu não tinha valor quando não conseguia mais produzir filhotes', diz cartaz em campanha por LucyReprodução
Por AFP

Londres - O governo britânico quer proibir a venda de cães e gatos que não sejam oriundos de criadores legalizados para lutar contra as péssimas condições das chamadas criações de fundo de quintal destinado a venda de pets mais baratos.

A consulta acontece depois de uma intensa campanha de sensibilização em torno do caso de Lucy, uma cadela matriz maltratada e forçada a dar à luz várias vezes ao ano em uma criação de fundo de quintal, uma história que comoveu os britânicos.

Segundo o ministro do Meio Ambiente, Michael Gove, que lançou nesta quarta-feira uma consulta a respeito, esta medida busca garantir um maior bem-estar dos animais de estimação em seus primeiros dias de vida.

A medida pretende atacar práticas como o abuso de fêmeas como matriz de procriação, a separação precoce dos filhotes de sua mãe, sua introdução em ambientes novos, desconhecidos e por vezes inadequados.

"Tudo isso pode contribuir para graves problemas de saúde e de socialização", afirma o ministério do Meio Ambiente.

"As pessoas descuidam completamente do bem-estar dos animais de estimação não poderá mais se aproveitar desse comércio miserável", insistiu Gove.

Depois desse caso, foi lançada uma petição dirigida ao Parlamento britânico para que se controle mais rigidamente a venda de pets. O pedido recebeu quase 150 mil assinaturas.

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