Rio - O Museu de História Natural de Nova York confirmou, nesta terça-feira, que não vai sediar um evento que homenagearia o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, como "pessoa do ano", pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.
A instituição informou, por meio de sua conta oficial no Twitter, que o evento será realizado em outro local, e que o museu "não é o local ideal" para o evento.
With mutual respect for the work & goals of our individual organizations, we jointly agreed that the Museum is not the optimal location for the Brazilian-Am. Chamber of Commerce gala dinner. This traditional event will go forward at another location on the original date & time.
— American Museum of Natural History (@AMNH) 15 de abril de 2019
Neste domingo, o museu já havia anunciado, em postagem publicada em português, estar "profundamente preocupado com os objetivos declarados da atual administração brasileira", e deixado claro que o evento era organizado por terceiros.
(3/3) No entanto, estamos profundamente preocupados com os objetivos declarados da atual administração brasileira, e estamos trabalhando ativamente para entender nossas opções relacionadas a este evento.
— American Museum of Natural History (@AMNH) 14 de abril de 2019
Bolsonaro foi acusado de ser "racista" e "machista" pelo prefeito de Nova York, Bill de Blasio, que também se opôs ao evento. O prefeito norte-americano chamou a atenção para o fato de que Bolsonaro não pretende proteger a Amazônia, e que o evento que seria organizado lá, "de maneira nenhuma, reflete a posição do Museu de que é urgente conservar a floresta Amazônica".
Como resposta, o assessor presidencial para assuntos internacionais, Filipe Martins (PSL-SP), xingou o prefeito de Nova York de "toupeira".