O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, dá uma entrevista coletiva em Moscou em 6 de maio de 2019 - Kirill Kudryavtsev/ AFP
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, dá uma entrevista coletiva em Moscou em 6 de maio de 2019Kirill Kudryavtsev/ AFP
Por AFP
Moscou - A Venezuela está "pronta" para resistir no caso de um ataque militar dos Estados Unidos, disse nesta segunda-feira em Moscou o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza.
"Estamos preparados para qualquer cenário, o primeiro é o da diplomacia, do diálogo, da paz, nossas mãos estão estendidas para que possamos conversar com todos", disse Arreaza, no dia seguinte a uma reunião com seu colega russo, Serguei Lavrov.
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Mas se os Estados Unidos "optarem pela via militar, temos uma Força Armada, um povo,ue seria capaz não só de resistir e lutar, mas também de vencer e derrotar qualquer exército, por mais poderoso que seja no mundo", acrescentou o ministro venezuelano. Se essa hipótese ocorrer, "estaremos prontos", insistiu.
"Dialoguemos!", prosseguiu Arreaza enfaticamente.
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"A oposição não pode falar conosco porque não tem a permissão dos Estados Unidos. É hora da diplomacia", acrescentou.
Arreaza disse que na Venezuela há "uma disputa histórica sobre o controle de sua riqueza, o produto das receitas do petróleo, da riqueza mineral e da energia" do país.
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"Os Estados Unidos pretendem dominar, ter controle absoluto" das riquezas venezuelanas, afirmou.
Os Estados Unidos decidiram "colapsar a economia e começaram a aprofundar as sanções", denunciou o chanceler venezuelano. É "um bloqueio criminoso unilateral", insistiu.
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Autoridades norte-americanas lançaram uma campanha na semana passada para aumentar a pressão sobre o presidente venezuelano Nicolás Maduro. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que o presidente Donald Trump está disposto, se necessário, a intervir militarmente na Venezuela.
No domingo, Serguei Lavrov pediu aos Estados Unidos e a seus aliados que "abandonem seus planos irresponsáveis e atuem exclusivamente no âmbito do direito internacional".
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Arreaza também disse na segunda-feira que Caracas estava desenvolvendo "alternativas para os sistemas de câmbio financeiro" com seus aliados russos e chineses para contornar o bloqueio dos EUA. Nesse sentido, o chanceler disse que uma delegação venezuelana estará presente no fórum econômico de São Petersburgo em junho, mencionando uma possível participação de Maduro.