Por AFP
Cairo - Um egípcio foi condenado à morte por enforcamento, neste domingo, por um atentado suicida em 2017 reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI). O ataque matou 10 pessoas em uma igreja no Cairo, informou uma fonte judicial.
Armado com fuzis, munição e uma bomba que ele pretendia explodir na Igreja de St. Mina em Helwan, no sul do Cairo, o homem abriu fogo perto do local de culto. Dez pessoas foram mortas, incluindo um policial, durante o ataque à minoria cristã copta.
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O homem foi condenado pelo "assassinato de nove coptas e um policial", "posse de armas" e "formação de um grupo terrorista ligado ao EI", disse a fonte. 
Outro homem, em fuga, também foi condenado à morte. Duas pessoas foram condenadas à prisão perpétua, quatro pessoas a dez anos, duas a três anos e um acusado foi absolvido. Todos os condenados poderão recorrer ao tribunal de cassação.
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Desde 2016, mais de 100 pessoas foram mortas em ataques reivindicados pelo EI contra a minoria ortodoxa copta. A maior comunidade cristã no egyptriente Médio, representa cerca de 10% de uma população de quase 100 milhões.
O último ataque a cristãos remonta a novembro de 2018, quando sete pessoas foram mortas em um ataque reivindicado pelo EI contra um ônibus que transportava fiéis retornando de uma peregrinação a Minya, ao sul do Cairo.
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Desde a destituição pelo exército do islamita Mohamed Morsi em 2013, as forças de segurança têm combatido grupos extremistas, incluindo o EI, principalmente no Sinai (nordeste).
ONGs de defesa dos direitos humanos acusam o regime de muitas vezes recorrer à tortura e não garantir julgamentos justos para os processados. De acordo com um relatório da Anistia Internacional publicado em abril, o Egito aparece em sexto lugar no ranking mundial em termos de condenações à morte em 2018, com pelo menos 43 pessoas executadas.