Um tribunal de Londres condenou Julian Assange, fundador do WikiLeaks, no dia 1 de maio a uma pena de 50 semanas de prisão por violar as condições de sua liberdade condicional - Daniel Leal - Olivas/ AFP
Um tribunal de Londres condenou Julian Assange, fundador do WikiLeaks, no dia 1 de maio a uma pena de 50 semanas de prisão por violar as condições de sua liberdade condicionalDaniel Leal - Olivas/ AFP
Por O Dia
Londres - O ministro britânico do Interior, Sajid Javid, confirmou nesta quinta-feira ter recebido o pedido dos Estados Unidos pela extradição do fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, acusado de espionagem, um passo burocrático que abre caminho para uma batalha judicial.

Na terça-feira, o Departamento americano de Justiça anunciou ter apresentado um pedido formal de extradição. O pedido foi assinado ontem pelo ministro Javid, o que certificou sua tramitação.
A decisão sobre se Assange será extraditado cabe, porém, à Justiça: a próxima audiência sobre o caso deve acontecer nesta sexta-feira.

O australiano de 47 anos viveu quase sete anos refugiado na embaixada do Equador em Londres até sua detenção, em 11 de abril. A prisão aconteceu depois que Quito retirou sua condição de asilo e sua nacionalidade equatoriana.

Agora, ele cumpre uma pena de 50 semanas de detenção em uma prisão britânica. A sentença foi imposta, porque Assange desrespeitou as condições de sua liberdade sob fiança, quando se refugiou na missão diplomática equatoriana em 2012.

"Fico satisfeito que a polícia tenha finalmente conseguido prendê-lo e que agora esteja atrás das grades, porque infringiu a lei britânica", disse Javid à rádio da BBC.

"Há um pedido de extradição dos Estados Unidos que será apresentado à Justiça amanhã (...) De modo que eu o assinei, mas a decisão está agora nos tribunais", acrescentou.