Os perfis sujeitos à nova medida devem se encaixar nos seguintes critérios: de políticos ou funcionários do governo que tenham mais de 100 mil seguidores e tenham o selo de conta verificada. "Pela natureza dos cargos que ocupam, esses líderes têm grande influência e muitas vezes dizem coisas que podem ser consideradas controversas ou geram debates e discussões", diz a nota divulgada pelo Twitter.
A rede social, amplamente utilizada por líderes como o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), e dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a aplicação das restrições será decidida caso a caso por suas equipes de Trust and Safety, Jurídica e de Políticas Públicas, além de times regionais. Se for considerado como "comportamento abusivo", o tuíte terá menor destaque e não será exibido em buscas seguras e nas abas de notificações e de exploração, por exemplo.
Além de serem prejudicados em seu alcance pelo algoritmo, os conteúdos enquadrados na nova política serão precedidos pelo aviso "As Regras do Twitter sobre comportamento abusivo aplicam-se a esse Tweet. No entanto, o Twitter determinou que pode ser do interesse público que o Tweet continue disponível". Para ter acesso ao tuíte, o usuário terá que clicar ou arrastar o botão "ver" para visualizar a postagem.
O Twitter deixou claro que a nova política só será aplicada a tuítes publicados a partir desta quinta-feira, ou seja, não incluirá postagens antigas - como foi o caso do vídeo postado por Bolsonaro durante o carnaval de 2019 no qual um homem aparece urinando em outro. Na ocasião, usuários denunciaram o tuíte. Segundo a rede social, "é pouco provável que você encontre o aviso com frequência".
"Com o tempo, o conceito de interesse público e como ele é definido no Twitter podem mudar à medida que observarmos diferentes tipos de comportamento. Continuaremos avaliando como nossas regras e sua aplicação podem ser mais claras, e trabalhando para tornar nossas tomadas de decisão mais simples de entender", encerra a nota.