Em memorandos para o governo britânico que datam de 2017 até o presente, Kim Darroch disse que Trump “irradia insegurança” e aconselha autoridades em Londres que, para lidar com ele efetivamente, “é necessário apresentar seus pontos com simplicidade e até mesmo contundência”.
“Não acreditamos que esta administração se tornará significativamente mais normal; menos disfuncional; menos imprevisível; menos dilacerada; menos diplomaticamente atrapalhada e inepta”, escreveu Darroch, segundo o jornal.
Em outros memorandos, a publicação afirma que ele descreveu a administração como “unicamente disfuncional” e que relatos da imprensa sobre a “briga de facas” da Casa Branca são “majoritariamente verdadeiros”.
Darroch escreveu que “também podemos estar no começo de uma espiral descendente, em vez de uma montanha-russa: algo pode surgir que levará à desgraça e à queda”.
Mas ele também alertou autoridades britânicas a não descartarem Trump, dizendo que ele tem um “caminho crível” para vencer um segundo mandato. Ele afirmou que Trump pode “emergir das chamas, ferido, mas intacto, como (Arnold) Schwarzenneger nas últimas cenas de Exterminador do Futuro”.
Um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores disse que o público espera que embaixadores “forneçam aos ministros uma avaliação honesta e sem verniz da política dos seus países”.
O ministério informou depois que será realizada uma investigação formal sobre o vazamento.