Já o Reino Unido garantiu que as autoridades iranianas haviam capturado dois barcos no Golfo. O ministro britânico das Relações Exteriores, Jeremy Hunt, disse estar "profundamente preocupado" por estes incidentes que classificou como "inaceitáveis".
Tratam-se de um navio britânico e outro de "bandeira da Libéria", disse Hunt. O Irã por sua vez só falou de uma embarcação. Os Estados Unidos denunciaram uma "escalada de violência", neste estreito por onde transitam um terço do petróleo mundial enviado por via marítima.
O proprietário britânico do segundo petroleiro capturado, o "Mesdar", com a bandeira da Libéria, divulgou que a embarcação já tinha sido liberada, após ter sido abordado temporariamente por pessoas armadas.
"A comunicação com o navio foi restabelecida e [o capitão] confirmou que os guardas armados saíram e [o capitão] confirmou que o navio está livre para continuar a viagem. Toda a tripulação está segura e bem ", informou a empresa britânica Norbulk Shipping em um comunicado.
O navio foi levado "para a costa depois de sua captura e entregue à Autoridade para procedimento legal e investigação", acrescentaram os Guardiões nesta breve declaração.
O Reino Unido alertou que o Irã que está escolhendo um "caminho perigoso de comportamento ilegal e desestabilizador", nas palavras de seu ministro das Relações Exteriores, Jeremy Hunt, e aconselhou que seus navios a evitem a área do Estreito.
A Guarda Revolucionária iraniana afirmou ter confiscado o "Stena Impero" na sexta-feira por "não respeitar o código marítimo internacional" na passagem para o Golfo usada por cerca de um terço do transporte mundial de petróleo.
O petroleiro, cujo dono é um sueco, foi rebocado para o porto de Bandar Abbas (sul), segundo as autoridades portuárias da província de Hormozgán.
Esta é a segunda apreensão de um navio em poucos dias pelo Irã, e ocorre após a Suprema Corte de Gibraltar decidir estender por 30 dias a retenção de um petroleiro iraniano, sequestrado em 4 de julho pelas autoridades deste território britânico no extremo sul da Espanha e suspeito de querer entregar petróleo à Síria, violando assim as sanções europeias contra Damasco.