A nota também diz que os países condenam as "sistemáticas violações dos direitos humanos perpetradas pelo regime ilegítimo de Nicolás Maduro, que incluem execuções extrajudiciais, prisões arbitrárias, desaparições forçadas, tortura, repressão e negação de direitos primordiais, como a saúde, a alimentação e a educação".
Durante reunião, os participantes se comunicaram por videoconferência com o autoproclamado presidente interino do país, Juan Guaidó, que agradeceu "todo o esforço que os países do Grupo de Lima estão fazendo para acolher os venezuelanos".
ONU
O documento da ONU, apresentado no dia 5 de julho, "registra ataques contra reais ou possíveis oponentes e defensores dos direitos humanos, desde ameaças e campanhas de difamação até detenções arbitrárias, tortura e maus-tratos, violência sexual e assassinatos e desaparecimentos forçados.”
Na declaração firmada hoje, os representantes do grupo solicitam que o relatório de Bachelet seja discutido no Conselho de Segurança da ONU e por organismos internacionais e afirmam que o relatório não deixa margem para que países sigam apoiando o regime de Maduro e pede que suspendam o apoio à ditadura que "ameaça a estabilidade de toda a região".
Outro ponto da declaração do grupo foi a decisão de apoiar investigações e ações sobre a participação de funcionários do governo de Maduro vinculados a atividades ilícitas de corrupção, narcotráfico, delinquência organizada transnacional, assim como o amparo que dão a presença de organizações terroristas e grupos armados ilegais no país.
O documento enfatiza que "a crise na Venezuela tem uma dimensão regional com impacto global" e reitera que o reestabelecimento da democracia no país é uma condição "necessária para que a América Latina possa se afirmar no caminho da liberdade e da prosperidade que desejam seus povos".
Chanceler argentino
O chanceler argentino disse que "há uma enorme quantidade de presos políticos e muita gente sendo torturada" na Venezuela. Ele disse que a ditadura de Maduro "ameaça a paz e a segurança regional e compromete a segurança internacional".
O Grupo de Lima é composto por Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Paraguai, Peru e Venezuela. Como observadores estiveram presentes Equador e, pela primeira vez, El Salvador. Enrique Iglesias, assessor da União Europeia para a Venezuela, também compareceu.
Ficou decidido que o Brasil receberá a próxima reunião dos ministros das Relações Exteriores do Grupo de Lima, em data ainda a definir