Coronavírus - Pixabay
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Por iG
São Paulo - Um novo estudo, realizado por pesquisadores da Universidade Zhejiang na cidade chinesa de Hangzhou, aponta que já existem ao menos 30 variações genéticas do Covid-19 causadas pelas constantes mutações.

Segundo informações do New York Post, a descoberta mostra que os cientistas podem ter subestimados a capacidade de mutação do novo coronavírus (Sars-Cov-2) e que diferentes cepas - grupos que compartilham semelhanças morfológicas ou fisiológicas - podem ter infectado diferentes partes do mundo.

Foram usadas amostras de 11 pacientes escolhidos aleatoriamente na região de Hangzhou. Os pesquisadores testaram a eficiência de infecção e capacidade de matar células de cada um destes vírus, identificando as 30 variações, sendo que 19 delas ainda eram desconhecidas.

“O Sars-CoV-2 adquiriu a capacidade de modificiar substancialmente sua patogenicidade", apontou o professora Li Lanjuan, ressaltando que algumas das mutações mais agressivas foram capazes de criar uma carga viral 270 vezes maior do que a original e matar as células humanas muito mais rápido.

O resultado do estudo mostra que as buscas por respostas sobre a natureza do vírus e até uma possível forma de combatê-lo são complicadas devido ao grande número de variações genéticas. Assim, dificilmente uma vacina única poderá ser a solução para a erradicação da doença.

"Apesar de urgentes, os esforços em busca de um remédio ou vacina para o Covid-19 precisam levar em conta o impacto que essas mutações podem trazer, principalmente para evitar possíveis retrocessos", finalizou Lanjuan.