Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus - Fabrice Coffrini/AFP
Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom GhebreyesusFabrice Coffrini/AFP
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Suíça - A China atrasou a entrega de informações importantes sobre o novo coronavírus durante os primeiros dias da pandemia, de acordo com documentos e gravações de reuniões da Organização Mundial da Saúde (OMS), obtidos pela Associated Press. O país publicou o genoma do vírus causador da covid-19 no dia 11 de janeiro, uma semana após três laboratórios chineses já terem sequenciado o mapa genético do novo coronavírus, afirmam os arquivos vazados.

Segundo a reportagem da AP, controles rígidos de segurança no país e a competição no sistema público de saúde da China foram as causas para o atraso. O governo chinês ainda teria atrasado em duas semanas o número de casos de infectados quando a pandemia teve início na cidade de Wuhan.

"Estamos recebendo uma quantidade mínima de informações. Não é o suficiente para nos planejarmos adequadamente", declarou a epidemiologista norte-americana e parte do grupo da OMS que lida com a pandemia, Maria Van Kerkhove, em uma reunião interna do órgão.

Após testar quase a totalidade de sua população, Wuhan reportou nesta terça-feira (2) que 300 pessoas são portadoras assintomáticas do novo coronavírus no município, enquanto nenhum caso com os sintomas da covid-19 foi registrado. No total, a China somou 83.022 infectados e 4.634 óbitos causadas pela doença. Hoje, foram adicionados cinco casos à contagem feita pelo governo chinês.

Japão

Capital do Japão, Tóquio retomou o estado de emergência suspenso no último dia 25 por conta de um novo aumento do número de casos diários na cidade, com 34 novos infectados pelo novo coronavírus.

O governo local pediu para que os cidadãos não saiam de casa - exceto aqueles com atividades urgentes a fazer - e pratiquem o distanciamento social. Segundo informações do Ministério da Saúde japonês, o país contabilizou, até agora, 16.724 contaminações e 894 óbitos por covid-19.

Índia

Seguindo decisão da Coreia do Sul, a Índia autorizou o uso do medicamento antiviral remdesivir para o tratamento de pacientes com a covid-19 em estado emergencial. O governo indiano determinou em cinco a quantidade de doses do remédio a serem administradas por paciente.

A droga será fabricada e comercializada pela norte-americana Gilead Sciences. No dia 2 de junho, o site do Ministério da Saúde da Índia registrava 97.581 casos ativos e 5.598 mortes por covid-19. A plataforma oficial não indica o número de casos diários, tampouco o total registrado desde o início da pandemia.