Nos Estados Unidos, o mesmo grupo lançou um vídeo em protesto contra o assassinato de George Floyd por um policial da cidade de Minneapolis. O evento desencadeou uma onda de protestos no país. Segundo o vídeo, o Anonymous teria provas de outras mortes violentas contra negros e iria expor dados sobre o tema.
O que se sabe é que o Anonymous nasceu do fórum 4Chan, antes mesmo de o espaço de tornar um reduto da ultradireita (atualmente, o grupo nega abertamente relação com o 4Chan).
A primeira ação notória do Anonymous data de 2008, no caso contra a Cientologia. Na época, ativistas vazaram um vídeo interno dos cientologistas, apresentado por Tom Cruise. Advogados da religião entraram com ações judiciais para derrubar os conteúdos vazados, o que motivou o grupo a espalhar o vídeo em vários sites pela internet.
Desde então, células do Anonymous se organizam para lutar contra ações que ferem direitos humanos e liberdade. Em 2010, por exemplo, colaborou para quebra da censura durante a Primavera Árabe em países do Oriente Médio e norte da África.
Em 2017, após a passeata neonazista de Charlottesville, nos Estados Unidos, outra célula do grupo também postou vídeos recriminando a ação e vazando documentos pessoais dos envolvidos.
Para mostrar a união, o grupo passou a se identificar com a máscara inspirada no filme V de Vingança, em homenagem ao soldado histórico Guy Fawkes.
Outro movimento dos ativistas é vazar informações dos adversários. Aqui, basicamente eles se aproveitam de falhas de segurança e coletam dados sensíveis dos oponentes e divulgam de forma pulverizada na rede. Assim, torna difícil identificar o caminho do vazamento. Foi este o processo relacionado ao vazamento de dados do presidente brasileiro.