Grande explosão atingiu Beirute, no Líbano, nesta terça-feira - AFP
Grande explosão atingiu Beirute, no Líbano, nesta terça-feiraAFP
Por AFP
Beirute - As grandes explosões que atingiram nesta terça-feira o porto de Beirute deixaram 50 mortos e 2.750 feridos, segundo um novo balanço fornecido à AFP por um representante do Ministério da Saúde do Líbano.

Galeria de Fotos

Grande explosão atingiu Beirute, no Líbano, nesta terça-feira AFP
EDITORS NOTE: Graphic content / Debris is seen on a main road in Beirut at sunset following a twin explosion that shook the port of Lebanon's capital on August 4, 2020. - Two huge explosion rocked the Lebanese capital Beirut, wounding dozens of people, shaking buildings and sending huge plumes of smoke billowing into the sky. Lebanese media carried images of people trapped under rubble, some bloodied, after the massive explosions, the cause of which was not immediately known. (Photo by Marwan TAHTAH / AFP) AFP
Grande explosão atingiu Beirute, no Líbano, nesta terça-feira AFP
Grande explosão atingiu Beirute, no Líbano, nesta terça-feira AFP
Grande explosão atingiu Beirute, no Líbano, nesta terça-feira AFP
Grande explosão atingiu Beirute, no Líbano, nesta terça-feira AFP
Ministério da Saúde informou que centenas de pessoas ficaram feridas após a explosão AFP
Ministério da Saúde informou que centenas de pessoas ficaram feridas após a explosão AFP
Ministério da Saúde informou que centenas de pessoas ficaram feridas após a explosão AFP
Ministério da Saúde informou que centenas de pessoas ficaram feridas após a explosão AFP
Ministério da Saúde informou que centenas de pessoas ficaram feridas após a explosão AFP
Ministério da Saúde informou que centenas de pessoas ficaram feridas após a explosão AFP
Ministério da Saúde informou que centenas de pessoas ficaram feridas após a explosão AFP
Publicidade
Este balanço é provisório, informou o porta-voz do ministério, Reda Moussaoui. Mais cedo, o ministro da Saúde, Hamad Hassan, havia dito que os hospitais da capital libanesa estavam saturados com o fluxo de feridos.
"É uma catástrofe em todos os sentidos do termo", lamentou mais cedo o ministro da Saúde, Hamad Hassan, em declarações a várias emissoras de televisão após visitar um hospital na capital libanesa.
Publicidade
"Os hospitais da capital estão todos cheios de feridos", acrescentou, pedindo que as outras vítimas sejam levadas para estabelecimentos nos arredores da cidade.
Antes, o diretor da Segurança Geral, Abbas Ibrahim, havia dito que as explosões poderiam ter sido causadas por "materiais altamente explosivos confiscados há anos", mas acrescentou que uma investigação determinará a "natureza exata do incidente".
Publicidade
No entanto, os responsáveis terão que "prestar contas", disse o primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, que pediu ajuda aos "países amigos" do Líbano.
"Faço um apelo urgente a todos os países amigos e irmãos que amam o Líbano que se coloquem do nosso lado e nos ajudem a curar nossas feridas profundas", acrescentou.
Publicidade
Vídeos transmitidos nas redes sociais mostraram uma primeira explosão seguida por outra que causou uma gigantesca nuvem de fumaça.
As deflagrações sacudiram os edifícios vizinhos e fizeram com que vidros se quebrassem a vários quilômetros de distância.
Publicidade
O presidente Michel Aoun convocou uma "reunião urgente" do Conselho Superior de Defesa e o primeiro-ministro decretou um dia de luto nacional para a quarta-feira.
"É uma catástrofe. Existem corpos no chão. Ambulâncias estão pegando os corpos", disse à AFP um soldado próximo ao porto.
Publicidade
A imprensa local divulgou imagens de pessoas presas nos escombros, algumas cobertas de sangue.
"Pareceu um terremoto e, em seguida, uma grande deflagração e os vidros quebraram", contou à AFP uma libanesa no centro de Beirute.
Publicidade
Um navio atracado no porto estava em chamas, constataram jornalistas da AFP. Um oficial pediu a jornalistas que se afastassem do setor, temendo a explosão do combustível do navio.
"Arremessados"
O setor portuário foi isolado pelas forças de segurança, que só permitem a passagem da Defesa Civil, de ambulâncias e dos bombeiros, constataram jornalistas da AFP na entrada do porto.
Publicidade
Nos arredores, há muitos danos e destruição.
Duas horas após a explosão, chamas ainda podiam ser vistas na área. Um helicóptero carregava água do mar para apagar os incêndios.
Publicidade
"Vimos um pouco de fumaça e depois uma explosão. E então um cogumelo (de fumaça). A força das explosões nos arremessou para dentro do apartamento", diz um morador do bairro Manssouriyeh, que viu a explosão de sua varanda, a vários quilômetros do porto.
Após as explosões, muitos moradores, alguns deles feridos, andavam pelas ruas em direção aos hospitais.
Publicidade
Em frente ao centro médico de Clémenceau, dezenas de feridos, incluindo crianças cobertas de sangue, aguardavam atendimento, constatou um jornalista da AFP.
Quase todas as vitrines das lojas dos bairros Hamra, Badaro e Hazmieh estouraram, assim como os vidros dos carros. Nas ruas havia veículos abandonados com airbags acionados.
Publicidade
Segundo testemunhas, as deflagrações foram ouvidas até mesmo na cidade costeira de Larnaca, no Chipre, a mais de 200 km da costa libanesa.
Em 14 de fevereiro de 2005, um atentado realizado com uma van cheia de explosivos foi perpetrado contra o comboio do então primeiro-ministro Rafic Hariri, matando 21 pessoas e deixando mais de 200 feridos.
Publicidade
A deflagração provocou chamas com vários metros de altura e quebrou as janelas de prédios localizados em um raio de meio quilômetro.
Na sexta-feira, o Tribunal Especial do Líbano (TSL), com sede na Holanda, planeja anunciar o veredicto após o julgamento de quatro homens, todos suspeitos de serem membros do poderoso movimento libanês Hezbollah, acusado de ter participado do assassinato de Rafic Hariri.
Publicidade
O Líbano passa pela pior crise econômica em décadas, marcada por uma depreciação cambial sem precedentes, hiperinflação e demissões em massa que alimentam a agitação social há vários meses.