O governo mexicano já havia anunciado a intenção de começar a vacinação no fim de dezembro, com um primeiro lote de 250.000 doses até janeiro. Mas precisava da autorização oficial.
Estados Unidos registram 295.000 mortes provocadas pela covid-19 e mais de 15 milhões de casos. O México tem um balanço de 1,2 milhão de contágios e mais de 113.000 vítimas fatais.
Pressão
O país espera ter 20 milhões de pessoas inoculadas ainda em dezembro, com prioridade para profissionais de saúde e residentes de casas de repouso.
O governo também anunciou que comprou 100 milhões de doses adicionais da vacina contra a covid-19 da Moderna, elevando o total a 200 milhões, após as notícias de que teria deixado passar a oportunidade de assegurar uma quantidade maior de vacinas da Pfizer.
A vacina da Moderna pode ser aprovada pela FDA na próxima semana.
As vacinas da Pfizer-BioNTech e Moderna são baseadas no método RNA mensageiro e sua aprovação constitui um êxito para esta tecnologia, que não havia sido testada previamente.
Mas outras duas vacinas registraram problemas.
Os laboratórios francês Sanofi e britânico GSK sofreram um duro revés e anunciaram que sua vacina só deve ficar pronta no fim de 2021, após resultados abaixo do esperado nos primeiros testes clínicos.
A Austrália abandonou os testes de uma vacina própria, depois de um falso positivo para HIV, o vírus da aids, entre os participantes.
Recorde no Brasil
O Brasil superou na sexta-feira a marca de 180.000 vítimas fatais, o segundo maior número de mortes no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
O aumento do número de casos da doença levou diversos estados a adotar novas medidas preventivas, mas o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o país está no "finalzinho" da pandemia.
O Peru, com mais de 980.000 casos confirmados e mais de 36.500 mortes, suspendeu na sexta-feira o teste clínico de uma potencial vacina chinesa para covid-19, como precaução após a detecção de problemas neurológicos em um voluntário do estudo.
O Reino Unido se tornou esta semana o primeiro país ocidental a autorizar a vacina Pfizer-BioNTech.
Ao mesmo tempo, o laboratório britânico AstraZeneca e a Rússia anunciaram testes clínicos que combinam suas duas vacinas (a russa é a Sputnik V) contra o coronavírus para obter uma "melhor resposta imunológica".
Rússia e China iniciaram campanhas de inoculação com vacinas de produção nacional que ainda não estão definitivamente aprovadas.
Aumento de contágios na Coreia do Sul
E na China, a detecção de dois casos de coronavírus em duas cidades próximas à fronteira com a Rússia, Dongning e Suifenhe, provocou medidas de confinamento e uma campanha em larga escala de testes.
Na Europa, vários países registram níveis elevados de contágios e adotaram medidas de restrição para as festas de fim de ano.