Entrar com Facebook
ade menor do que na Europa Ocidental, ou nos Estados Unidos, algo de que Putin se vangloria há meses.
Em outubro, no entanto, a agência de estatística russa Rosstat detectou uma sobremortalidade de 50.000 mortes naquele mês em comparação com o mesmo período de 2019, o que levanta dúvidas sobre os números fornecidos pelas autoridades.
A diferença seria devido à definição russa do que constitui uma morte por coronavírus: a covid-19 deve ser identificada como a principal causa da morte, por meio de uma necropsia.
Segunda onda
Uma segunda onda de infecções, que começou neste outono, bate recordes todas as semanas, com uma situação particularmente preocupante nas regiões mais pobres e, com frequência, mal equipadas.
A economia russa, que já vinha se desacelerando vários meses antes da pandemia, também sofreu, assim como em todo o lugar.
O consumo está caindo, o desemprego subiu 1,6 ponto, a 6,3%, e cerca de 20 milhões de russos estão na pobreza, ou seja, mais de 13% da população, ainda conforme dados oficiais.
Esta situação convenceu as autoridades russas a rejeitarem um segundo confinamento, apostando no êxito futuro de sua vacina Sputnik V.
Para Putin, a Rússia também está lidando com a questão econômica melhor do que seus rivais.
"Nosso PIB caiu 3,6%, menos que o de qualquer um dos grandes países da UE, menos que o dos Estados Unidos", celebrou.
Finalmente, voltou a elogiar a vacina Sputnik V, cuja aprovação foi anunciada em agosto. O presidente, de 68 anos, disse hoje que será vacinado "assim que possível".
Essa vacina foi recebida com ceticismo internacional diante de um anúncio considerado prematuro, antes do início dos ensaios clínicos em larga escala em voluntários humanos e da publicação dos resultados científicos.
A vacinação da população russa começou no início de dezembro. Trabalhadores em situação de risco, principalmente os dos setores da educação e da saúde, foram os primeiros a recebê-la.