O governo do presidente esquerdista Luis Arce fechou na semana passada a compra de 5,2 milhões de vacinas Sputnik V e anunciou que teria acesso ao dispositivo Covax, lançado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Aliança para as Vacinas (GAVI) para garantir uma distribuição igualitária das futuras vacinas.
"A partir de março teremos 1.700.000 doses (da Sputnik V) que chegarão. Temos já para o final de março a vacina do plano Covax, pouco mais de dois milhões de doses. Essa vacina é a Oxford", disse o porta-voz presidencial, Jorge Richter, citado pelo jornal El Deber.
Um primeiro lote de 6.000 doses das vacinas russas chegará neste mês e será destinado principalmente aos profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate à pandemia.
O vice-ministro da Saúde, Álvaro Terrazas, afirmou que as vacinas Sputnik e AstraZeneca/Oxford serão "dadas à população boliviana de maneira totalmente gratuita" e que as vacinações serão voluntárias.
Além disso, os governos de La Paz, Santa Cruz (leste), Chuquisaca (sudeste) e Tarija (sul) administram separadamente a compra das vacinas chinesas Sinovac, segundo a empresa encarregada de uma eventual comercialização no país sul-americano, ZKM Corporación.
Desde março, quando começou a pandemia, até o momento, a Bolívia soma mais de 162.600 casos e mais de 9.200 mortes, de uma população de 11,5 milhões de habitantes.