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Morre mulher baleada durante invasão do Congresso americano

Apoiadores de Donald Trump, que não aceitam a derrota dele, interromperam a sessão que validava a vitória de Joe Biden

Por O Dia
Washington - A mulher baleada durante os confrontos entre apoiadores de Donald Trump que, incitados por um raivoso discurso do presidente, invadiram o Capitólio, em Washington, morreu na noite desta quarta-feira, de acordo com a emissora NBC. A confusão com os apoiadores e polícia começou na tarde desta quarta-feira (6). O episódio marcou o que a imprensa norte-americana chamou de 'tomada pela máfia da democracia americana', como assinalaram os principais veículos de comunicação do país, como The New York Times, Washington Post e CNN.

O Post noticiou mais cedo que ela tinha sido atingida no ombro. O nome da vítima ainda não foi divulgado. Até o momento, ainda não há informações sobre presos ou a quantidade de feridos. A Guarda Nacional foi convocada no início da noite e permanecerá no local por tempo indeterminado.

Apoiadores de Trump, que não aceitam a derrota do atual presidente, interromperam a sessão que validava a vitória de Joe Biden. Os parlamentares foram retirados do prédio pouco antes da invasão. Muitos carregavam bandeiras confederadas, que representam o Sul do país escravocata antes da Guerra Civil, com dizeres supremacistas. Alguns deles tiraram fotografias com policiais que deveriam zelar pela segurança do Capitólio. 

Após a confusão, através de um vídeo no Twitter, o presidente Donald Trump pediu que os manifestantes protestassem "pacificamente" e que confiassem nas forças de segurança americanas. 
"Eu conheço sua dor, tivemos uma eleição que foi roubada de nós, mas vocês tem que ir para casa agora. Precisamos ter paz. Precisamos ter lei e ordem", disse o republicano. "Não queremos ninguém machucado", frisou.

Trump já havia feito um apelo no Twitter para que seus apoiadores protestassem de modo pacífico.

A porta-voz da Casa Branca, Kayleigh McEnany, disse que Guarda Nacional foi enviada para o Congresso.

Já o vice-presidente do país, Mike Pence, pediu o fim da violência. Antes da invasão no Capitólio, os legisladores aliados de Trump haviam questionado a certificação dos votos do Arizona.

O próprio presidente, por sua vez, declarou que nunca admitirá a derrota para Biden. O democrata conquistou 306 votos no Colégio Eleitoral, contra 232 do republicano.
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Biden pediu que Trump agisse
O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, se pronunciou, no início da noite. Ele denunciou ataque sem precedentes à democracia americana e pediu que Trump vá à televisão nacional para pedir o fim dos ataques.
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"Nossa democracia está sendo atacada como nunca antes. Um ataque ao Capitólio, um ataque aos representantes do povo e a polícia que está ali para defendê-los. São servidores públicos que trabalham lá. Um ataque a lei como nunca vimos, um ataque contra o interesse do povo", disse ele.

Biden, ainda, disse que as cenas de caos não refletem aos EUA verdadeiro e quem os estadunidenses são. "O que vimos foi um pequeno número de extremistas, e isso é desordem. Não é discordar, é caos e isso precisa acabar agora", afirma ele.
Mais cedo, uma parta da sede do Legislativo dos Estados Unidos (EUA), foi evacuado na tarde desta quarta-feira (6) por suspeita de uma "possível bomba".
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Filha de Trump chamou invasores de patriotas
A filha do presidente Donald Trump, Ivanka Trump, retuitou uma publicação do pai pedindo "paz" aos apoiadores que invadiram o Capitólio e se referiu aos invasores como "patriotas".
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Embora ela tenha pedido o fim da violência, Ivanka foi criticada pelos internautas pelo termo que usou para se referir às pessoas que protestam contra a vitória do presidente eleito Joe Biden.

Depois de ser questionada, a filha de Trump apagou a publicação e fez outra, dizendo que "protestos pacíficos são patrióticos" e a "violência é inaceitável e deve ser condenada".
Deputados falaram em golpe
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Legisladores americanos denunciaram uma tentativa de "golpe de Estado" após a invasão de seguidores do presidente Donald Trump ao Congresso.

"Uma multidão invadiu o Capitólio dos EUA para reverter uma eleição. Um golpe em andamento", tuitou o representante (deputado) Val Demings.

"Isso é anarquia. É uma tentativa de golpe. E está acontecendo nos Estados Unidos por causa de legisladores ilícitos", disse o congressista Seth Moulton.

Outros, que também descreveram o ataque como uma tentativa de golpe, acusaram Trump de incitar os manifestantes cujos protestos impediram a confirmação no Congresso da vitória do democrata Joe Biden na eleição de novembro.

"O presidente está incitando o terrorismo doméstico", disse o deputado Mark Pocan.
Imprensa internacional repercute
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Veículos de imprensa internacional repercutiram o episódio. De acordo com o Le Monde, da França, a invasão foi uma "demonstração de força" dos manifestantes. O jornal Clarín, da Argentina, classificou a situação como de "máxima tensão".
O El País, da Espanha, e o Deutch Welle, da Alemanha, falaram sobre a violência dos manifestantes.
Já o britânico The Guardian destacou a fala do senador republicano Mitch McCornell, que afirmou que há uma "espiral da morte" da democracia nos Estados Unidos.
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