O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden - ROBERTO SCHMIDT / AFP
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe BidenROBERTO SCHMIDT / AFP
Por AFP
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, concluiu nesta sexta-feira (8) as nomeações para sua equipe econômica, a menos de duas semanas para sua posse em 20 de janeiro.
Biden nomeou Gina Raimondo, governadora de Rhode Island, como Secretária de Comércio; Marty Walsh, prefeito de Boston, como secretário do Trabalho, e Isabel Guzmán, ex-funcionária da administração de Barack Obama, como chefe das PMEs.
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"O presidente eleito Joe Biden nomeou duas dúzias de membros do gabinete, o mais diverso da história americana", diz um comunicado divulgado na quinta-feira.
Biden já havia apresentado no início de dezembro parte de sua equipe econômica, formada principalmente por mulheres, minorias e ex-dirigentes do governo de Barack Obama.
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Entre eles, Janet Yellen, ex-presidente do Federal Reserve (Fed, banco central), se destaca como futura secretária do Tesouro.
"Eles compartilham minha crença de que a classe média construiu este país e que os sindicatos construíram a classe média", declarou o presidente eleito, que assumirá o cargo em 20 de janeiro, em um comunicado.
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Seu objetivo será tirar os Estados Unidos "da pior crise de desemprego em quase um século", disse ele, "apoiando as pequenas empresas e fortalecendo os sindicatos".
A pandemia de covid-19 causou a pior crise desde 1929, com milhões de americanos perdendo seus empregos ou tendo suas jornadas de trabalho reduzidas.
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Um total de 140.000 empregos foram perdidos em dezembro, uma perspectiva muito pior do que a antecipada pelos analistas, que previam a criação de 112.000 empregos, segundo dados divulgados nesta sexta-feira.
A taxa de desemprego ficou estável em relação a novembro, em 6,7%, em linha com as expectativas, sinal de que a participação no mercado de trabalho está se deteriorando.
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Nos Estados Unidos existem 4 milhões de desempregados de longa duração, há mais de 27 semanas, mesmo número registrado em novembro.
Caso seja ratificada, Gina Raimondo assumirá questões complexas, como a guerra comercial com a China promovida pelo governo Trump ou a regulamentação dos gigantes tecnológicos.
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Por outro lado, se confirmado no cargo, Marty Walsh será o primeiro sindicalista a liderar o Departamento do Trabalho dos EUA em quase meio século, ressalta o comunicado.
Caberá a ele, entre outras coisas, garantir as condições de trabalho num momento em que a pandemia alterou a forma de trabalhar das empresas.