Trump vai enfrentar o seu segundo processo de impeachment a partir desta terça-feira - Mandel Ngan/AFP
Trump vai enfrentar o seu segundo processo de impeachment a partir desta terça-feiraMandel Ngan/AFP
Por iG
A decisão do Twitter de suspender permanentemente a conta de Donald Trump após a invasão do Capitólio na quarta-feira continua a gerar um debate acirrado, apoiadores e críticos se dividem em linhas partidárias. Isso acontece enquanto eles contestam o que a suspensão significa para uma querida tradição americana: a liberdade de expressão.

Republicanos - muitos usando o Twitter - condenaram a remoção de Trump e alegaram que crenças e opiniões conservadoras estão sendo censuradas.

"A censura [de Trump] e a liberdade de expressão dos cidadãos americanos estão no mesmo nível de países comunistas como China e Coreia do Norte", tuitou Steve Daines, senador de Montana.

Os democratas argumentaram que a empresa tinha o direito legal de tomar a decisão - o que, segundo eles, já devia ser feito.

"Foi preciso sangue e vidro nos corredores do Congresso - e uma mudança nos ventos políticos - para que as empresas de tecnologia mais poderosas reconhecessem, no último momento possível, a ameaça de Trump", tuitou o senador Richard Blumenthal, de Connecticut.

A suspensão de Trump veio dois dias depois que o Capitólio dos EUA viu um ataque violento de partidários do presidente, que por meses espalhou informações falsas sobre a eleição e encorajou seus seguidores a contestar o resultado.

Dois tweets que o presidente postou na sexta-feira foram a gota d'água. Trump tweetou que seus apoiadores "terão uma VOZ GIGANTE no futuro" e disse que não compareceria à posse de Joe Biden.

O Twitter disse que os tweets são "altamente propensos a encorajar e inspirar as pessoas" a replicar os ataques ao Capitólio.