Perseverance se deslocou pouco mais de quatro metros para a frente, girou 150 graus para a esquerda e retrocedeu 2,5 metros. EFE/EPA/NASA JPL CALTECH
"Nossa primeira viagem foi incrivelmente boa. Agora, estamos seguros de que nosso sistema de propulsão está pronto para funcionar, capaz de nos levar aonde a ciência nos leve durante os próximos dois anos", disse em entrevista coletiva Anais Zarifian, engenheira do Laboratório de Propulsão da Nada, integrante da equipe responsável pelos testes de mobilidade do Perseverance.
Os membros da missão do robô ressaltaram que o robô fará deslocamentos regulares de aproximadamente 200 metros quando começar a fazer pesquisas científicas. Eles explicaram que, nos últimos dias, o veículo realizou atualizações de programas e diversos testes, entre eles, o de dois sensores de vento do instrumento Mars Environmental Dynamics Analyzer (MEDA), desenvolvido pelo Centro de Astrobiologia da Espanha (INTA-CSIC).
A cientista adjunta da missão, Katie Stack Morgan, relatou que o local onde o Perseverance pousou na cratera Jezero foi chamado de Octavia E. Butler, em homenagem à escritora de ficção científica nascida no estado americano da Califórnia. Nesta semana, os cientistas testaram pela primeira vez o braço robótico de 2 metros de comprimento do robô, flexionando cada uma de suas cinco articulações durante duas horas.
Nas duas primeiras semanas em Marte, o robô já enviou cerca de 7 mil imagens capturadas pelo "conjunto de câmeras mais avançado que já viajou para Marte", como disse Morgan. Ele tem a missão de procurar vida antiga, coletar amostras, estudar a geologia e o clima de Marte e preparar o caminho para uma viagem tripulada.
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