Forças especiais talibãs exibiram armas americanas e bandeira branca do movimento TalibãAFP

Mark Milley, chefe do Estado-Maior dos Estados Unidos da América, revelou na última quinta-feira (02), que o governo americano pode trabalhar em conjunto com o Talibã para enfrentar o Estado Islâmico na região do Afeganistão.
"Na guerra, você faz o que se deve fazer, mesmo que não seja aquilo que gostaria de fazer", opinou o general. A parceria visa combater o braço afegão do EI, conhecido como ISIS-K.
Inimigo declarado dos EUA, o ISIS-K considera o Talibã 'muito moderado' e busca enfraquecer o novo governo afegão. O grupo assumiu a autoria do ataque terrorista na última semana no aeroporto de Cabul, resultando na morte de 170 civis e 13 militares norte-americanos.
Lloyd Austin III, secretário de Defesa americano, reiterou que, embora os Estados Unidos possam trabalhar com o Talibã, será muito difícil prever se a cooperação terá continuidade no futuro.
Outros países sinalizam com essa possibilidade. Dominic Raab, chanceler do Reino Unido, declarou na última semana que o Reino Unido não irá reconhecer o grupo como governo oficial do Afeganistão no futuro próximo, mas não descartou a hipótese de manter contato com o grupo. "Vemos a necessidade de um envolvimento direto", disse.