Presidente da Venezuela, Nicolás MaduroYuri Cortez/AFP
"Uma vez empossado (...), começa a conspiração para um golpe parlamentar e começa o ataque, o desgaste: votos de desconfiança contra os ministros, contra os chefes de gabinete, um assédio permanente, até que, golpe após golpe, assédio em cima de assédio, em uma perseguição parlamentar, política e judicial sem limites, o levaram ao extremo de tentar dissolver o Congresso do Peru", disse Maduro em um ato político.
Na quarta-feira, o Congresso do Peru destituiu Castillo por "incapacidade moral", depois que o presidente de esquerda ordenou dissolver o Poder Legislativo e decretou um governo de exceção, que funcionaria por decreto.
A vice-presidente Dina Boluarte, que denunciou Castillo por um "golpe de Estado", assumiu o poder. Um alto tribunal peruano decretou sete dias de prisão preventiva para Castillo, de 53 anos, acusado de rebelião e conspiração, após sua tentativa fracassada de golpe de Estado.
"Agora vem a fase da humilhação. Agora vão humilhá-lo, sentenciá-lo a 30 anos de prisão, a oligarquia limenha, acostumada a fazer o que lhe dá vontade", questionou Maduro.
Castillo durou apenas um ano e meio no governo do Peru, que vivencia uma crise política sem fim e chega ao sexto presidente desde que Pedro Pablo Kuczynski, eleito em 2016, não conseguiu completar seu mandato.
"Espero que o povo peruano, no marco de sua Constituição, consiga, mais cedo do que tarde, seu caminho de libertação, seu caminho de democracia verdadeira", concluiu o presidente venezuelano.
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