Caso aconteceu no 10º arrondissement, em ParisThomas Samson/AFP

Três pessoas morreram e outras três ficaram feridas após serem baleadas próximas ao centro cultural curdo Ahmet-Kaya, em Paris, França, nesta sexta-feira, 23. As informações iniciais registravam apenas duas mortes, mas por volta das 14h (10h no horário de Brasília), um dos feridos não resistiu, anunciou a promotora da República de Paris, Laure Beccuau, em entrevista coletiva. Uma outra pessoa tem estado de saúde grave.
O suspeito, identificado como William M., um francês de 69 anos, foi preso. Ele já era conhecido por duas tentativas de homicídio cometidas em 2016 e dezembro de 2021. Neste último caso, ele foi colocado em prisão preventiva, antes de ser libertado sob vigilância judicial com proibição de sair do território e de porte de arma.
Em entrevista ao "Le Monde", uma fonte da polícia informou que "ele próprio (ferido e, estando) em relativa situação de emergência, foi levado para o hospital". Segundo Laure Beccuau, "o réu também está ferido, principalmente no rosto".
Uma investigação foi aberta sobre as acusações de homicídio, homicídio doloso e violência agravada. Por enquanto, as investigações estão a cargo da Brigada Criminal do 2º distrito da Polícia Judiciária.
No Twitter, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, agradeceu à polícia e enviou seus "pensamentos comovidos às vítimas e suas famílias". "Obrigado à polícia por sua intervenção decisiva esta manhã durante o terrível ataque no 10º arrondissement [como chamam as divisões da cidade]. Pensamentos para as vítimas e suas famílias. Estamos do lado deles. Uma célula psicológica será aberta na prefeitura do 10", escreveu.
Viajando pelo Norte, o ministro do Interior, Gérald Darmanin, anunciou no Twitter que voltaria a Paris. "Após o tiroteio dramático ocorrido esta manhã, estou voltando para Paris e ficarei lá. Todos os meus pensamentos vão para os entes queridos das vítimas. O autor foi preso", publicou.