O deputado do Partido Conservador, Andrew Bridgen, foi afastado do Legislativo nesta quarta-feira (11), após o parlamentar publicar no Twitter uma série de desinformações acerca das vacinas contra a Covid-19.
Segundo o correligionário Simon Hart, responsável pelos atos disciplinares dos parlamentares do Partido Conservador, "Andrew Bridgen cruzou a linha", afirmando que a "desinformação sobre a vacina custa vidas. Assim, a remoção de Bridgen tem efeito imediato, e aguardamos uma investigação formal."
O parlamentar fez diversas alegações controversas nos tweets. Em uma delas, ao se referir a crise no sistema de saúde público britânico, ele comenta que "há um elefante na sala: o atual excesso de mortes em todos os países que administram vacinas de mRNA de terapia genética". Tal vacina que o parlamentar citou não são terapia genética, além de não causar nenhum tipo de doença.
Além disso, Bridgen comparou a vacinação ao Holocausto quando compartilhou uma publicação de teoria da conspiração. "Como um cardiologista me disse, este é o maior crime contra a humanidade desde o Holocausto".
O parlamentar publicou tweets dizendo que as vacinas estão "causando sérios danos", afirmando que "não é de se admirar que tantas pessoas estejam doentes desde a vacinação".
Ele foi um forte defensor do uso da ivermectina para o chamado "tratamento precoce", que não possui nenhuma comprovação científica sobre a eficácia contra a Covid-19.
O parlamentar recentemente acabou sendo suspenso pela Câmara dos Comuns por cinco dias, após uma violação do código de conduta. Já em novembro de 2022, foi descoberto que Bridgen, que havia saído em defesa da empresa Mere Plantations no Parlamento, não informou ter interesses financeiros no assunto. A empresa havia doado um valor a campanha do parlamentar, destinada para a viagem a Gana, na África.
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