Ministra alemã da Defesa, Christine LambrechtAFP
Sob pressão, ministra da Defesa da Alemanha renuncia
Desde o início da guerra na Ucrânia, Christine Lambrecht se envolveu em uma série de controvérsias
A ministra alemã da Defesa, Christine Lambrecht, apresentou sua renúncia ao chefe de Governo, Olaf Scholz, nesta segunda-feira, 16, enfraquecida por uma série de erros e controvérsias.
"O foco da mídia em mim por meses não permite relacionamentos e discussões objetivas sobre os soldados, o Bundeswehr (o Exército alemão) e as orientações da política de segurança no interesse dos cidadãos alemães", lamentou Lambrecht em um comunicado transmitido à imprensa.
Nesse contexto, "pedi ao chanceler (Scholz) hoje (segunda) para me dispensar das minhas funções como ministra da Defesa", acrescentou. O nome de seu sucessor, ou sucessora, ainda não foi divulgado.
Lambrecht, uma social-democrata de 57 anos, foi ministra da Justiça no governo da coalizão anterior de Angela Merkel.
Desde o início da guerra na Ucrânia, no final de fevereiro, a ministra se envolveu em uma série de controvérsias. Em uma delas, foi criticada por Kiev ao anunciar o envio de 5 mil capacetes, depois de o governo do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, ter pedido armas pesadas.
No início de janeiro, um vídeo, no qual celebrava o novo ano, também foi alvo de críticas. Nele, a ministra apareceu no centro de Berlim, falando sobre a guerra na Ucrânia, em meio a explosões de bombinhas e fogos de artifício comemorativos.
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