Países europeus acusam Teerã de reprimir esses protestos com violênciaReprodução: redes sociais

O Irã anunciou nesta quarta-feira, 25, novas sanções contra 25 pessoas e entidades da União Europeia e nove do Reino Unido, em reação às medidas impostas na última segunda-feira, 23, por Bruxelas e Londres.
O país acusa estas pessoas e entidades de "apoiar o terrorismo e grupos terroristas (...), encorajar a violência contra o povo iraniano" e "espalhar informações falsas" sobre a República Islâmica, explicou o seu ministro das Relações Exteriores.
O Irã alertou na terça-feira, 24, que tomaria medidas recíprocas em resposta às novas sanções decididas na véspera em Bruxelas e Londres, mais de quatro meses após os protestos contra a morte sob custódia da jovem Mahsa Amini, de 24 anos.
Os países europeus acusam Teerã de reprimir esses protestos com violência. Os ministros das Relações Exteriores da UE adicionaram 37 indivíduos e entidades iranianas à lista de pessoas sancionadas por violações dos direitos humanos.
Os britânicos acrescentaram duas entidades e cinco indivíduos às suas listas. Oito franceses aparecem na nova lista de sanções iranianas, como a prefeita socialista de Paris, Anne Hidalgo, e o filósofo Bernard-Henri Levy.
Três responsáveis do Charlie Hebdo, semanário satírico francês incluído como entidade em uma rodada anterior de sanções, também aparecem como sancionados por terem publicado caricaturas do guia supremo iraniano Ali Khamenei em janeiro.
A lista também inclui os nomes de seis eurodeputados e do extremista de direita sueco-dinamarquês Rasmus Paludan, que queimou uma cópia do Corão na Suécia no sábado.