Nova primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni,o vice-primeiro-ministro e ministro da Infraestrutura Matteo Salvini (à esquerda) e vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores Antonio Tajani (à direita)AFP

O governo de extrema direita da Itália condenou neste domingo, 29, uma série de atos vandalismo contra suas representações diplomáticas na Europa, sugerindo que os mesmos foram obra de anarquistas que protestam no país contra a prisão de um dos seus.
O governo declarou em comunicado que estava "acompanhando com preocupação e atenção os novos casos de violência contra (seus) funcionários e representações diplomáticas", junto com a "violência urbana" em Roma e Trento, além de outros incidentes, como a bala enviada por correio ao diretor de um jornal da Toscana e o lançamento de um coquetel molotov contra uma delegacia da capital.
Na semana passada, janelas do consulado italiano foram quebradas e um muro foi danificado em Barcelona, e um veículo de um diplomata italiano foi incendiado em Berlim, segundo o Ministério das Relações Exteriores.
"Tais atos não vão intimidar as instituições", disse o governo italiano, "especialmente se o objetivo é obter um alívio das condições de detenção dos responsáveis por atos terroristas", acrescentou.
O governo italiano não mencionou explicitamente o movimento anarquista, nem o nome de um de seus membros, Alfredo Cospito, que está em greve de fome para protestar contra sua prisão em um presídio de alta segurança na Sardenha sob o regime "41-bis", aplicado geralmente aos integrantes da máfia.
Cospito, de 55 anos, a quem a Justiça italiana considera o líder da Federação Anarquista Informal (FAI), foi condenado, em 2014, a quase 11 anos de prisão por disparar contra o diretor de uma empresa de energia nuclear em 2012.