G7 ameaça com 'altos custos' países que ajudem Rússia a evitar sançõesKerstin Joensson/Divulgação
G7 ameaça com 'altos custos' países que ajudem Rússia a evitar sanções
Grupo reafirmou eu apoio 'inabalável' à Ucrânia e advertiu Moscou contra o uso de armas nucleares
Os líderes do G7 ameaçaram, nesta sexta-feira (24), com "altos custos", os países que continuarem ajudando a Rússia a evitar as sanções internacionais impostas pela invasão da Ucrânia.
Durante uma reunião virtual sob presidência japonesa no aniversário da invasão, o G7 (Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Itália, Alemanha e Japão) reiterou seu apoio "inabalável" à Ucrânia e advertiu Moscou contra o uso de armas nucleares.
"Fazemos um chamado a países terceiros e outros atores internacionais" que tentam evitar ou minar nossas medidas para que deixem de oferecer apoio material à guerra da Rússia, ou ficarão expostos a "altos custos", afirmam os líderes do G7 em uma declaração conjunta difundida ao término da cúpula.
"Para dissuadir esta atividade em todo o mundo, tomamos medidas contra atores de terceiros países que apoiam materialmente a guerra da Rússia na Ucrânia", diz a declaração.
"Comprometemo-nos a intensificar nosso apoio diplomático, financeiro e militar à Ucrânia [e] a aumentar os custos para a Rússia e aqueles que apoiem o seu esforço bélico", afirmam os líderes.
A declaração, no entanto, não cita diretamente nenhum país.
A Rússia utilizou drones iranianos na Ucrânia, e Washington advertiu recentemente que a China cogita ajudar Moscou, o que as autoridades chinesas negam.
Além disso, a declaração do G7 considera que "a retórica nuclear irresponsável da Rússia é inaceitável e qualquer uso de armas químicas, biológicas, radiológicas ou nucleares por parte da Rússia teria graves consequências". Ademais, "lamenta profundamente" a decisão de Moscou de suspender sua participação no tratado de desarmamento New Start.
Na reunião virtual, que contou com a participação do presidente ucraniano Volodimir Zelensky, também foram adotadas novas sanções contra Moscou.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, não especificou se visitará Kiev. Ele é o único líder do G7 que ainda não compareceu à capital ucraniana.
O Japão anunciou esta semana mais apoio financeiro à Ucrânia, no valor de 5,5 bilhões de dólares (R$ 28,5 bilhões), depois de uma primeira ajuda de 600 milhões de dólares (R$ 3,1 bilhões).
O Japão se uniu aos países do Ocidente para impor sanções a Moscou, enviou equipamento defensivo e propôs acolher refugiados ucranianos. Contudo, não ofereceu apoio militar porque sua Constituição do pós-guerra limita sua tomada de decisões a medidas defensivas.
Por sua vez, Zelensky foi convidado a participar da reunião do G7 que será realizada em maio em Hiroshima.
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