Uso da inteligência artificial coloca em risco a segurança dos dados bancáriosInternet/Reprodução
Assim como acontece com outras instituições do local e dos EUA, o lugar oferece um serviço de autenticação de voz que diz ser quase como uma "impressão digital". Chamado de Voice ID, ele utiliza mais de 100 características físicas e comportamentais diferentes do usuário para comprovar sua fala.
Apesar disso, em um determinado momento, a voz sintética conseguiu passar ilesa às etapas de verificação, gerando acesso à conta do cliente e mostrando seu saldo e uma lista de transações e transferências recentes.
Experimento revela falha de segurança dos bancos
Feito isso, o atendimento pediu que o cliente dissesse "minha voz é minha senha", o que mais uma vez o repórter fez utilizando a voz sintética, reproduzida diretamente de um arquivo de som do seu computador.
Pronto, estava concedido acesso à sua conta, mesmo que de fato aquela não fossem as suas palavras.
Embora nessa situação um hacker também precisasse da data de nascimento do cliente para completar o atendimento, vale lembrar que não é como se esse tipo de informação fosse algo muito difícil de se obter – especialmente nos dias atuais, quando dados como esse são expostos tão facilmente na internet.
A situação, portanto, apenas evidencia como de fato é possível driblar esse tipo de sistema, e como bancos que utilizam esse método de autenticação precisam estar atentos à popularização de serviços de vozes clonadas, melhorando suas medidas de segurança.
Voz sintética foi criada por serviço da ElevenLabs
A ferramenta, que causou problemas desde então, tem uma versão gratuita e pode ser utilizada por qualquer pessoa, mediante alguns minutos de fala disponíveis. Uma facilidade que fez com se tornasse muito fácil clonar a voz de figuras públicas, as utilizando de maneira problemática e sem seu consentimento.
Um dos caso mais famosos foi o que aconteceu com a atriz Emma Watson, que teve sua voz sintetiza por membros do 4Chan, que simularam que ela estava lendo o livro Mein Kampf.
A situação fez com que a empresa repensasse suas medidas de segurança e declarasse que, no futuro, pretende implementar novas etapas de verificação da conta e analisar se a amostra de áudio não viola direitos autorais.
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