O ministro da Defesa de Taiwan alertou, nesta segunda-feira (6), para uma “entrada repentina” de militares chineses na ilha ainda neste ano. a delcaração veio um dia após a China anunciar um aumento no investimento militar.
Pequim anunciou um aumento de 7,2% nos investimentos militares para 2023, o que representa a maior alta nas despesas voltadas ao setor nos últimos quatro anos. O investimento total será de 1,55 trilhões de yuans (cerca de R$ 1,16 trilhões).
"Parece que o outro lado está se preparando para o uso da força, se necessário, no futuro", afirmou Chiu Kuo-cheng, ministro taiwanês. Ele pontuou ainda que as visitas de países estrangeiros à ilha podem agilizar uma possível invasão chinesa.
"Eu acho que eles estão esperando por uma boa razão para enviar tropas, como visitas do alto escalão de outros países a Taiwan ou atividades muito frequentes entre nossos militares e os de outros países", pontuou o ministro da Defesa.
Em agosto do ano passado, a China realizou exercícios militares ao redor de Taiwan como resposta à visita da presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, à ilha.
Caças chineses sobrevoam Taiwan
O ministério da Defesa de Taiwan informou, na última quarta-feira (1), que aeronaves da China invadiram o espaço aéreo de Taipei. No total, 19 aviões de combate da Força Aérea chinesa foram detectados.
Os caças de Pequim identificados eram do modelo J-10, e voaram para a região sudoeste Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) da ilha. Entretanto, as aeronaves sobrevoaram mais perto da costa da China do que da de Taiwan.
Além dos caças que entraram no território taiwanês, seis outros aviões da força aérea chinesa e três navios da marinha chinesa também foram detectados, mas esses não entraram na ADIZ de Taiwan.
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