No domingo (6), chineses anunciaram um aumento nas despesas militaresPixabay
Taiwan vive sob constante ameaça de invasão da China, que considera a ilha governada democraticamente como parte de seu território. O governo chinês aumentou a pressão durante o ano passado, realizando grandes exercícios militares em torno de Taiwan em agosto, depois que a então presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, visitou a ilha.
O ministro da Defesa de Taiwan também alertou nesta segunda que visitas de funcionários de alto escalão de governos estrangeiros poderiam ser um catalisador para uma invasão chinesa. "Eu acho que eles estão esperando por uma boa razão para enviar tropas, como visitas do alto escalão de outros países a Taiwan ou atividades muito frequentes entre nossos militares e os de outros países", disse Chiu Kuo-cheng.
Em meio ao clima de tensão, a presidente da ilha, Tsai Ing-wen, fará uma visita ao presidente da Câmara dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, em abril na Califórnia. O encontro tem como objetivo acalmar a relação de ambos os países com Pequim. Tsai visitará também irá a Nova York, como parte de uma ampla viagem pelo continente americano.
Antes de se tornar presidente da Câmara, o republicano McCarthy havia dito que pretendia visitar Taiwan caso assumisse o posto, mas recuou da ideia diante da crescente tensão entre EUA e China, que ganhou novos contornos após o suposto balão de espionagem chinês sobrevoar o território americano em fevereiro. Na época, o incidente levou ao adiamento da visita do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a Pequim.
Em 2022, a visita da então presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, à capital taiwanesa Taipei desagradou Pequim e desencadeou os maiores exercícios militares da China no Estreito de Taiwan em décadas, incluindo lançamento de mísseis sobre o território.
'Corrida armamentista'
Outros países da região aumentaram seus orçamentos militares até 2023, como a Coreia do Sul (+4,4%) ou a Índia (+13%). O Japão acaba de revisar sua doutrina de defesa e pretende dobrar seu orçamento militar para 2% do PIB até 2027. (Com agências internacionais).
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