Dezenove pessoas são detidas na Espanha por falsificação de documentos para refugiadosPixabay
Dezenove pessoas são detidas na Espanha por falsificação de documentos para refugiados
Detidos adquiriram documentações falsas como cartões de residência permanente ou certidões de casamento para o mesmo fim
Barcelona - A Polícia Nacional espanhola anunciou, nesta quarta-feira (5), que prendeu 19 pessoas supostamente envolvidas em um esquema que falsificava documentos para que cidadãos de diversos países simulassem laços com a Ucrânia e fossem contemplados no regime de proteção temporária para os deslocados pela guerra.
A investigação foi realizada, sobretudo, na cidade de Torrevieja (Alicante, leste), após a identificação de documentos falsos apresentados por duas cidadãs russas "que se passaram por residentes da Ucrânia para se beneficiarem do regime de proteção temporária para pessoas deslocadas", explicou a polícia espanhola em um comunicado.
Desde então, os agentes iniciaram investigações que levaram a 16 detenções "pelos crimes de falsificação de documentos para cidadãos da Rússia, Belarus, Geórgia e Moldávia".
Os detidos, que foram liberados após prestarem depoimento, tinham adquirido documentações falsas como cartões de residência permanente ou certidões de casamento para o mesmo fim.
De acordo com dados do Ministério do Interior espanhol, desde o início do conflito no ano passado, o país concedeu este regime de proteção temporária a 170.000 ucranianos. A medida oferece permissão para residir e trabalhar na Espanha.
Segundo as autoridades policiais, a origem das falsificações do esquema estaria em uma agência de Torrevieja, cidade turística da costa mediterrânea, de onde supostamente eram cooptados os clientes.
Os suspeitos cobravam entre 3.000 e 5.000 euros (entre R$ 17 e 28 mil) por cada documento falsificado.
Os três integrantes do órgão, considerados os responsáveis pelo esquema, foram presos e indiciados pelos crimes de falsidade ideológica, favorecimento de imigração ilegal e formação de quadrilha.
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