Papa expressa profunda preocupação com a violência no Oriente MédioANDREAS SOLARO / AFP
Em Missa de Páscoa, papa expressa profunda preocupação com a violência no Oriente Médio
Declarações do pontífice foram pronunciadas após a violenta intervenção da polícia israelense na mesquita de Al-Aqsa
O papa Francisco expressou neste domingo, 9, durante a missa de Páscoa, sua "profunda preocupação" com a violência no Oriente Médio, que ameaça, segundo o pontífice, o "diálogo" entre israelenses e palestinos.
As violências em Jerusalém e na região esta semana "ameaçam o desejado desejado clima de confiança e respeito recíproco, necessário para retomar o diálogo entre israelenses e palestinos", declarou o papa durante a tradicional bênção "Urbi et Orbi" (à cidade e ao mundo) na praça de São Pedro do Vaticano.
As declarações de Francisco foram pronunciadas após a violenta intervenção da polícia israelense na mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, na quarta-feira.
A retirada dos fiéis palestinos em pleno período de festas religiosas (Ramadã muçulmano, Páscoa judaica) provocou muitas críticas e uma nova espiral de violência na região.
O exército israelense anunciou neste domingo que atacou a Síria em resposta ao lançamento de foguetes contra as Colinas Golã (território anexado), após vários dias de ataques similares a partir do Líbano e da Faixa de Gaza.
O governo de Israel afirmou que os disparos a partir do sul do Líbano, que não foram reivindicados, eram "palestinos", e provavelmente do Hamas, o movimento radical que governa a Faixa de Gaza.
Dois atentados anti-Israel mataram três pessoas na sexta-feira em Tel Aviv e na Cisjordânia, território ocupado pelo Estado hebreu desde 1967.
A ONU e a União Europeia condenaram os ataques recentes e fizeram apelos por moderação.
Durante a bênção, o papa também mencionou o Haiti, que "está sofrendo há vários anos uma grave crise sociopolítica e humanitária" e reconheceu os esforços da comunidade internacional para buscar uma solução aos "problemas que afligem esta população".
Francisco também citou a Nicarágua no momento em que enviou uma mensagem às "comunidades cristãs" que celebram a Páscoa "em circunstâncias particulares" e recordou "aqueles que estão impedidos de professar livre e publicamente sua fé".
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