Xi Jinping é presidente da República Popular da China desde 2013Reprodução

O jornal chinês Global Times divulgou um editorial nesta terça-feira (11) apontando que há muita expectativa de que China e Brasil consigam trabalhar juntos para promover a paz na Ucrânia. O veículo de comunicação é administrado pelo Partido Comunista Chinês, ou seja, representa as ideias do presidente Xi Jinping.
Segundo o impresso, a comunidade internacional acompanhará atentamente a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na reunião com Jinping. Os dois governantes vão discutir, além de acordos entre si, a guerra na Ucrânia e debater soluções.
O editorial destacou a proposta feita pelo mandatário brasileiro ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre criar um grupo de países para auxiliar as negociações do fim da guerra da Rússia contra os ucranianos. O Times ainda lembrou que o petista pediu “respeito ao papel proeminente da China em garantir a paz mundial e mediar conflitos internacionais“.
“Vale notar que o exterior tem prestado muita atenção se Lula vai discutir a crise na Ucrânia com a China durante sua visita. Antes de se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Lula propôs um plano de paz chamado ‘Clube da Paz’ que sugeria a formação de uma organização multilateral, incluindo países como China e Índia para mediar conflitos e pediu respeito ao papel proeminente da China em garantir a paz mundial e mediar conflitos internacionais. Embora os Estados Unidos tenham reagido com frieza, a comunidade internacional tem grandes expectativas de que a China e o Brasil trabalhem juntos para promover as negociações de paz”, diz trecho do editorial.
“Antes da sua visita, Lula reiterou que discutiria a possibilidade de encerrar a crise na Ucrânia através do diálogo com a China. De fato, ambos os países têm visões similares sobre a urgência das negociações de paz, que mostram que embora o Ocidente esteja inflamando as chamas, a voz das forças de paz da comunidade internacional estão crescendo“, afirma outra parte do texto.
O presidente brasileiro deixou o Brasil nesta terça para cumprir agenda na China a partir de quarta (12). É a quarta vez que Lula, chamado de ‘velho amigo do povo chinês’, visita o país como chefe do poder Executivo.
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