Acesso a abortivos se transformou em um novo campo de batalha nos Estados UnidosAFP
- Em que proporção é usada?
Este número é inferior ao de alguns países europeus, como a França, onde este método está autorizado desde 1988, e os abortos com remédios representaram cerca de 70% das interrupções voluntárias da gravidez em 2020.
- Como funciona a pílula abortiva?
Autorizado nos Estados Unidos e em vários países, o método utiliza dois medicamentos. O primeiro é a mifepristona (O RU 486), que retarda o desenvolvimento da gravidez por atuar sobre um hormônio chamado progesterona. O segundo, o misoprostol, é tomado um ou dois dias depois e desencadeia contrações e sangramento.
A mulher aborta em casa, ou no lugar que ela quiser, não em posto de saúde.
- Qual sua eficácia e sob que riscos?
Outro ponto importante: as pílulas não funcionam em caso de gravidez ectópica, aquela que acontece fora do útero e que corresponde a 2% das gestações. Uma gravidez ectópica pode ser detectada por ultrassom e deve ser tratada, já que pode ser fatal.
- Situação nos Estados Unidos
Inicialmente era permitido até sete semanas de gestação, mas posteriormente foi estendido para 10 semanas após a última menstruação. Fora desse período, as mulheres que desejam abortar devem recorrer ao método por aspiração.
Desde o verão passado, uma dúzia de estados dos EUA proibiu o aborto, seguindo uma decisão da Suprema Corte que os autorizou a legislar sobre o assunto. Nesses estados, os abortos por medicamento também são proibidos.
Grupos antiaborto querem suspender a autorização do FDA para mifepristona em todo o país, inclusive em estados onde o aborto continua legal. Uma batalha judicial está em curso.
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