Profissionais de saúde seguram cartazes enquanto se manifestam do lado de fora do Hospital St Thomas, em LondresAFP
Profissionais de enfermagem britânicos pedem melhores salários em nova greve
Paralisação é limitada pela Justiça
Os profissionais de enfermagem do Reino Unido voltaram a fazer greve nesta segunda-feira, 1º, para exigir aumentos salariais, uma paralisação que afeta muitos serviços hospitalares, mas foi reduzida por determinação judicial.
O principal sindicato da categoria, o Royal College of Nursing (RCN), liderou a nova greve, iniciada nesta segunda, após a recusa de seus membros às últimas propostas feitas pelo governo: 5% de aumento e um pagamento único excepcional de pelo menos 1.250 libras (7.861 reais na cotação atual).
Desde dezembro, este sindicato está impulsionando um movimento social sem precedentes desde sua criação, há mais de um século.
Pela primeira vez, esta paralisação de 28 horas inclui serviços de cuidados intensivos e oncológicos, embora estejam previstas exceções nos hospitais, onde a falta de enfermeiros poderia pôr em risco a saúde dos pacientes, informou a organização.
A princípio, a greve estava prevista para continuar na terça-feira, 2, mas foi interrompida pela Justiça, após recurso do Ministério da Saúde.
"Para pôr fim a esta greve, o ministro (da Saúde) deve voltar à mesa de negociações e apresentar uma oferta melhor sobre a mesa", disse nesta segunda à Sky News Pat Cullen, secretária-geral do RCN, que também reivindica novas contratações para cobrir a falta de enfermeiros nos hospitais.
"Os enfermeiros têm que ser pagas decentemente" e até que isto ocorra, "nossos enfermeiros, infelizmente, não vão ter outra opção que continuar" com a sua mobilização, acrescentou.
O RCN propõe fazer uma votação para realizar novas greves até o fim do ano. Em nota à imprensa, o ministro da Saúde, Steve Barclay, qualificou de "decepcionante" esta nova paralisação. Ele denunciou "a pressão adicional" que vai exercer sobre o Sistema de Saúde Pública (NHS), já em crise.
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