Joe Biden considera 'irracionais' e 'perigosos' os cortes de gastos propostos pelo Partido Republicano AFP
Casa Branca afirma que Biden não negociará aumento do teto da dívida
Presidente americano se nega a condicionar os objetivos de cortes de gastos dos republicanos ao procedimento que permite um maior endividamento público
Washington - O presidente americano, Joe Biden, não negociará com os republicanos um corte de gastos como condição para aumentar o teto da dívida e evitar um 'default' dos Estados Unidos, informou a Casa Branca nesta terça-feira, 2.
"Esta não é uma questão que negociaremos", afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jeane-Pierre.
Biden convidou o presidente republicano da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, para uma reunião na próxima semana na Casa Branca para resolver a controvérsia.
No entanto, Biden se nega a condicionar os objetivos de cortes de gastos dos republicanos ao procedimento que permite um maior endividamento público.
Se não aumentar o teto da dívida, o governo federal ficará sem dinheiro e não conseguirá pagar suas dívidas em 1º de junho, de acordo com a secretária do Tesouro, Janet Yellen.
Jean-Pierre disse que Biden estava disposto a discutir "um processo separado para abordar os cortes orçamentários".
"É dever constitucional do Congresso evitar o default", disse. "Devido ao pouco tempo que o Congresso tem agora, está claro que o único caminho prático para evitar o descumprimento de pagamento é que o Congresso suspenda imediatamente o limite de endividamento", avaliou.
Além disso, Biden considera "irracionais" e "perigosos" os cortes de gastos propostos por McCarthy, disse a porta-voz.
Na Câmara de Representantes, onde têm uma apertada maioria, os republicanos aprovaram um projeto de lei que permitia um maior endividamento em troca de fortes cortes de gastos em vários programas do governo. Esse projeto não tem a mínima possibilidade de ser aprovado no Senado, onde os democratas são maioria.
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