Evan Gershkovich, correspondente do 'The Wall Street Journal', foi preso em março, em Moscou, sob a acusação de espionagemAFP

O tribunal russo prorrogou por três meses, nesta terça-feira, 23, a prisão preventiva imposta ao jornalista norte-americano Evan Gershkovich, do 'The Wall Street Journal', detido em março por acusações de "espionagem". O repórter nega.

"O tribunal aceitou o pedido dos investigadores para prorrogar a medida de prisão preventiva até 30 de agosto", informou a Justiça à agência estatal de notícias 'RIA Novosti'.

Esta decisão corresponde ao pedido feito pelos serviços de segurança russos (FSB). O Kremlin afirma que Gershkovich foi detido "em flagrante delito", sem divulgar provas, já que o caso foi classificado como secreto.

Entre as acusações, está a de coletar informações sobre a indústria de defesa russa. Gershkovich, sua família, 'The Wall Street Journal' e as autoridades americanas negam as acusações contra ele. Se for considerado culpado, pode ser condenado a uma pena de 20 anos de prisão.
O jornalista é o primeiro repórter de um meio de comunicação dos Estados Unidos a ser preso por acusações de espionagem na Rússia desde a Guerra Fria. O caso ocorreu em meio ao acirramento das tensões entre Moscou e Washington por conta da guerra na Ucrânia.