Daniel Zhang era CEO do grupo Alibaba desde 2015Reprodução/Alizila

O grupo chinês de tecnologia Alibaba anunciou nesta terça-feira, 20, a substituição a partir de setembro de seu CEO, Daniel Zhang, em um momento de reestruturação da empresa.
Alibaba, fundada pelo empresário carismático Jack Ma e pioneira do comércio eletrônico na China, foi durante muito tempo um exemplo de sucesso no país. A empresa com sede em Hangzhou (leste) tem um amplo leque de atividades, que inclui computação na nuvem, logística, mídia e entretenimento, além de inteligência artificial.
Mas nos últimos anos o grupo enfrentou dificuldades sem precedentes devido ao controle cada vez maior imposto pelo governo sobre o setor de tecnologia. Após vários meses de turbulências, o conglomerado anunciou em março uma divisão em seis grupos de negócios, em uma das maiores reformas de uma empresa de tecnologia chinesa.
Com o processo de reestruturação, Daniel Zhang anunciou em um comunicado que é "o momento adequado" para se afastar da empresa. Ele renunciará aos cargos de presidente e CEO, assim como à presidência do conselho de administração.
Zhang será substituído neste último cargo por Joseph C. Tsai, atual vice-presidente executivo do grupo Alibaba. Eddie Yongming Wu, que coordena os principais aplicativos de comércio eletrônico do grupo (Taobao e Tmall), será o novo presidente e CEO.
As mudanças acontecerão em 10 de setembro, segundo Alibaba. Zhang permanecerá como presidente e CEO do Alibaba Cloud Intelligence Group, informou a empresa. O executivo, 51 anos, foi responsável por garantir a transição no conglomerado Alibaba após a saída em 2019 de Jack Ma.
Alibaba foi a primeira empresa do setor de tecnologia a enfrentar as dificuldades impostas pelas autoridades chinesas. No fim de 2020, o governo impediu, com apenas 48 horas de antecedência, a gigantesca entrada na Bolsa (de quase 34 bilhões de dólares, 176,6 bilhões de reais) de Hong Kong do Ant Group, a unidade de finanças e pagamentos da Alibaba. O conglomerado também foi alvo de uma investigação por prejudicar a concorrência. Os problemas afetaram consideravelmente a rentabilidade em 2022.
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