Grupo é comandado pelo russo Yevgeny PrigozhinReprodução

O Grupo Wagner de mercenários que se rebelou contra o comando militar russo e é comandado pelo oligarca russo, Yevgeny Prigozhin, oligarca russo multifacetado, empresário do ramo de gastronomia e atuante também na indústria da guerra.

Yevgeny Prigozhin denomina seu negócio de "empresa militar privada", enquanto que seus mercenários norte-americanos rotulam como a prestadora de serviços militar como uma 'força proxy de combate'.

Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo de mercenários Wagner, está em desacordo com os líderes militares russos há algum tempo, desde que aumentou seu papel guerra na Ucrânia, levando a uma disputa por um nível impensável nesta sexta-feira, 24, quando alegou que seus combatentes foram atacados, prometendo uma vingança imediata.

A ameaça desencadeou uma crise na Rússia, onde o Serviço Federal de Segurança do país pediu aos membros da empresa militar privada que se recusassem a seguir as ordens de Prigozhin e o detivessem. Mas não adiantou, Prigozhin, que supostamente conta com 25 soldados mercenários, avançou seu comando ocupando cidades a caminho de Moscou.

Em um pronunciamento, o presidente Vladimir Putin classificou a revolta como um "motim armado" e prometeu reprimir o movimento. Chamando as ações de Prigozhin de "traição ao seu país e ao seu povo", ele disse: "Tudo o que enfraquece a Rússia deve ser deixado de lado".
Grupo Wagner

O Grupo Wagner foi fundado em 2014 por Yevgeny Prigozhin, um empresário russo de 61 anos, que sempre atuou próximo ao presidente Vladimir Putin. Prigozhin é conhecido como o "chef de Putin", por atuar também no ramo de gastronomia e ter uma empresa de catering que frequentemente ganha contratos para eventos estatais.

Mas do outro lado do balcão, o sabor da guerra é mais amargo e relatos mostram que o grupo de mercenários Wagner está envolvido em conflitos armados em diferentes países, com acusações de violações dos direitos humanos e crimes de guerra.

Na Ucrânia, o grupo está ativo desde 2014, quando começaram a apoiar as forças separatistas pró-Rússia na região de Donbass. Sua presença nesse conflito continuava até os últimos dias.

Na Síria, a primeira vez que houve relatos foi em 2015, quando começaram a apoiar o governo de Bashar al-Assad na guerra civil em curso. A presença e as atividades do grupo na Síria continuaram ao longo dos anos, embora a extensão exata de sua participação não seja divulgada oficialmente.

Na Líbia, o Grupo Wagner começou a operar em 2018, quando enviaram combatentes para apoiar o General Khalifa Haftar em sua ofensiva contra o governo reconhecido internacionalmente em Trípoli. A presença e o envolvimento do grupo na Líbia continuaram até 2020 e foram objeto de controvérsias e condenações internacionais.

Na República Centro-Africana, os mercenários chegaram a partir de 2017, quando enviaram apoiaram o governo na luta contra grupos rebeldes. Sua presença nesse país continua até os dias atuais. O grupo também é suspeito de operar de forma clandestina e não divulgar oficialmente suas atividades.