Meta, empresa proprietária do Facebook, WhatsApp e InstagramReprodução/Meta

O Facebook, da Meta Platforms, deve obter o consentimento do usuário antes de enviar anúncios personalizados em certas circunstâncias, decidiu o principal tribunal da União Europeia nesta terça-feira, 4.

O elemento de anúncio personalizado da decisão emitida pelo Tribunal de Justiça da UE pode ser crucial na batalha legal da Meta para proteger seu modelo de negócios principal, que se baseia em sua capacidade de enviar anúncios direcionados aos usuários.

Com a medida, o Facebook pode ser obrigado a pedir a seus usuários que optem por anúncios baseados em como eles interagem com a plataforma e outros aplicativos Meta e isso prejudicaria o principal modelo de negócios da empresa, que gira em torno da venda de anúncios direcionados a seus usuários com base, em parte, em sua atividade digital.

A decisão só se aplica à UE, mas pode abrir um precedente para outras empresas de mídia social que contam com os mesmos elementos da lei de privacidade da UE para justificar seus anúncios personalizados e agora podem precisar buscar o consentimento do usuário no bloco.

De acordo com a legislação da UE, o consentimento deve ser dado livremente, o que significa que o acesso a um serviço não pode ser condicionado ao clique em "sim". A decisão do tribunal acrescentou que o monitoramento da Meta das atividades online dos usuários é "particularmente extenso" e pode dar ao usuário "a sensação de que sua vida privada está sendo continuamente monitorada". Um porta-voz disse que a Meta estava "avaliando a decisão do tribunal e terá mais a dizer no devido tempo".
Fonte: Dow Jones Newswires.
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