Zelensky acusa russos de atacarem pontos de exportação de graçãos três dias depois que o acordo sobre esses produtos expirouReprodução/Twitter
'Apontaram deliberadamente', diz Zelensky sobre ataques russos em locais usados para exportar grãos
Em nota, presidente da Ucrânia mencionou que as forças da Rússia tinham como alvos as regiões de Odessa e de Zhitomir
O presidente ucraniano Volodimir Zelensky acusou nesta quarta-feira, 19, a Rússia de ter atacado "deliberadamente" locais utilizados pela Ucrânia para exportar grãos, três dias depois que o acordo sobre esses produtos expirou.
"Os terroristas russos apontaram deliberadamente contra as infraestruturas do acordo sobre grãos", denunciou Zelensky em Telegram, e acrescentou que deseja "reforçar a proteção das pessoas e das infraestruturas portuárias".
Em nota, Zelensky mencionou que as forças russas atacaram as regiões de Odessa (sul) e de Zhitomir (oeste).
Segundo o ministério responsável pela restauração da Ucrânia, "os terminais de grãos e as infraestruturas portuárias de Odessa e Chornomorsk foram atacadas", causando danos "nos armazéns e cais perto de Odessa".
A Procuradoria-Geral ucraniana indicou, também no Telegram, que este é o "maior ataque" russo na região e que "terminais de grãos e petroleiros foram danificados", além de "casas, infraestruturas agrícolas e carros".
Algumas horas antes, a Força Aérea ucraniana havia informado sobre a destruição de 23 dos 32 drones explosivos lançados pelas forças russas, e de 13 dos 16 mísseis de cruzeiro Kalbir lançados por Moscou na região de Odessa.
Nessa região ficam os três portos utilizados por Kiev para exportar seus produtos agrícolas no marco de um acordo com a Rússia que expirou na noite de segunda-feira, 17. Estes ataques deixaram ao menos 12 feridos, segundo o governador de Odessa, Oleg Kiper. O Ministério Público comunicou um balanço de 10 feridos.
Os combates se concentram no leste do país. Na terça-feira, 10, civis ficaram feridos em bombardeios russos, indicou na quarta-feiro no Telegram o governador da região de Donetsk (leste), Pavlo Kyrylenko.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.