Vice-presidente em exercício, Graciela BianchiAFP
O chanceler uruguaio, Francisco Bustillo, se reuniu esta manhã em Montevidéu com o embaixador da Espanha, Santiago Jiménez Martín, para tratar do tema, que provocou um pedido de explicações do Ministério das Relações Exteriores da Espanha, segundo as fontes.
Além disso, as fontes relataram que a vice-presidente Beatriz Argimón, que está em Madri para participar da Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana (EuroLat), garantiu para o secretário de Estado espanhol para Iberoamérica e Caribe, Juan Fernández Trigo, que as afirmações de Bianchi "não representam institucionalmente" o Uruguai.
Nesses dois encontros, o governo uruguaio se desculpou pela situação, que levou Fernández Trigo a convocar a embaixadora do Uruguai na Espanha, Ana Teresa Ayala, assinalaram as fontes.
"Com o PSOE está garantido o financiamento e os valores das narcoditaduras cubana, venezuelana, nicaraguense, iraniana, o terrorismo do ETA, e o separatismo catalão que quer acabar com a Espanha", escreveu Bianchi no Twitter, a rede social rebatizada de X.
"Uma escolha de luxo. Mas venceu o PP", frisou, em alusão ao triunfo do Partido Popular (PP) do conservador Alberto Núñez Feijóo, que, entretanto, não conseguiu a maioria necessária para formar governo.
"O PSOE atual NÃO é o de Felipe González; o 'sanchismo' é o da Guerra Civil em que predominava o comunismo e o anarquismo; e se não tivesse ocorrido a implosão, continuaria admirando o regime soviético. Stalin foi a inspiração desse PSOE. Com o estudo da história, dá pra consertar", acrescentou Bianchi.
Em meio à polêmica, mas sem mencioná-la, o chanceler espanhol, José Manuel Albares, disse que havia conversado com Bustillo "sobre as excelentes relações bilaterais entre Espanha e Uruguai". "Vamos continuar trabalhando para aprofundá-las", escreveu na X, o antigo Twitter.
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