Homem rasga uma cópia do Alcorão durante protesto na SuéciaJonathan Nackstrand/AFP

A polícia sueca autorizou uma manifestação nesta segunda-feira, 31, em frente ao Parlamento de Estocolmo, onde, de acordo com a imprensa local, os organizadores planejam queimar uma cópia do Alcorão.
Os manifestantes disseram aos jornais que querem que o livro sagrado muçulmano seja proibido na Suécia. E, no pedido de autorização para o protesto, os organizadores declararam a intenção de queimar um exemplar do Alcorão.
A polícia alegou que as licenças concedidas se referem apenas à organização de manifestações, e não ao que acontece nelas.
O ato acontece em um momento de deterioração das relações da Suécia com vários países do Oriente Médio, após vários episódios em que o Alcorão foi profanado.
Arábia Saudita e Iraque convocaram uma reunião extraordinária, marcada para esta segunda-feira, da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) para tratar do desrespeito ao Alcorão na Suécia e na Dinamarca.
No final de junho, Momoka, 37 anos, um refugiado iraquiano que vive na Suécia, ateou fogo a algumas páginas do Alcorão em frente à principal mesquita de Estocolmo, no primeiro dia do feriado muçulmano Eid al-Adha. Um mês depois, ele pisou no livro religioso diante da embaixada iraquiana.
Os dois incidentes provocaram indignação e críticas.
Na semana passada, a Suécia ordenou que 15 agências governamentais reforcem as equipes antiterroristas. No domingo, 30, a vizinha Dinamarca disse que exploraria meios legais para conter os protestos envolvendo a queima de textos sagrados, evocando preocupações de segurança.
O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, disse que um processo similar já está em andamento no país.