Villavicencio foi assassinado com três tiros na cabeça após comício no EquadorReprodução/Twitter
Momento em que Fernando Villavicencio, candidato à presidência do Equador, é assassinado em Quito, capital do país.
— Jornal O Dia (@jornalodia) August 10, 2023
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Nascido em 1976, Villavicencio dedicou sua carreira ao jornalismo investigativo e à denúncia de casos de corrupção e abusos de poder. Ele ficou conhecido por ter sido um dos fundadores do portal de notícias "La Fuente", onde realizou investigações jornalísticas de grande impacto.
Fernando se destacou por sua atuação em casos que envolviam altos funcionários do governo equatoriano. Suas investigações frequentemente abordavam temas sensíveis, como o uso de recursos públicos, nepotismo e possíveis irregularidades em contratos estatais. Seu trabalho contribuiu para lançar luz sobre questões obscuras e fomentar debates sobre transparência no país.
No entanto, a determinação de Villavicencio em expor a corrupção e a má gestão governamental também lhe renderam perseguições. Ele foi alvo de processos judiciais e acusações por parte das autoridades equatorianas, o que gerou preocupações sobre sua segurança e liberdade de expressão.
Em 2013, Villavicencio foi acusado de divulgar informações confidenciais sobre a exploração petrolífera no país. Ele alegou que as acusações eram uma tentativa de silenciar suas denúncias e impedir sua atuação como jornalista investigativo. A situação chamou a atenção de organizações de direitos humanos e defensores da liberdade de imprensa, que denunciaram o caso como uma violação da liberdade de expressão.
O jornalista passou a ser tratado como um adversário do ex-presidente Rafael Correa. Em 2014, chegou a ser condenado a 18 meses de prisão por injúria por ter dito que Correa ordenou a invasão de homens armados em um hospital da polícia.
Fernando se mudou para o Peru após conseguir exílio político. Anos depois, retornou para o Equador e ingressou na política.
Em setembro do ano passado, houve um atentado em sua casa. Apesar do crime, poucos políticos equatorianos prestaram solidariedade ao jornalista.
Em maio, o presidente Guilherme Lasso convocou novas eleições presidenciais e também para o legislativo, o que permitiu Villavicencio anunciar sua candidatura, tendo como vice a ambientalista Andrea González.
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