Antonio Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU)Reprodução/Twitter
Guterres informou que havia escrito uma carta para Lavrov com "um conjunto de propostas que permitem criar condições para a renovação da iniciativa do Mar Negro".
Ele não deu detalhes, mas destacou que teria "soluções concretas para as preocupações sobre o acesso eficaz, ou mais eficaz, de alimentos e fertilizantes russos aos mercados globais a preços adequados".
O secretário destacou que uma iniciativa renovada do Mar Negro deve ser "estável" e não deve "mudar de crise para crise, de suspensão para suspensão". O acordo original de 120 dias foi prorrogado uma vez por 120 dias e duas vezes por 60 dias.
Do outro lado, em coletiva após se reunir com o ministro das Relações Exteriores turco, Hakan Fidan, Lavrov disse que havia apresentado uma lista de ações que o Ocidente teria que tomar para aceitar a retomada dos envios ucranianos, também sem especificar as propostas.
Sobre o encontro, o ministro turco disse aos repórteres que a reunião com Lavrov em Moscou foi uma "preparação" para o próximo encontro entre o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e o presidente russo, Vladimir Putin, na cidade russa de Sochi, no Mar Negro. Ele descreveu a retomada do acordo de grãos como "um trabalho bastante complicado e árduo" e que os presidentes possivelmente devem ter "uma visão mais estratégica e política" em sua reunião.
A Rússia suspendeu a iniciativa de grãos do Mar Negro em julho, alegando que o acordo com a Ucrânia beneficiava principalmente países mais ricos e que os russos ainda enfrentavam dificuldades para obter financiamento, seguro e transporte para seus envios de fertilizantes e grãos.
Dados do Centro de Coordenação Conjunta em Istambul, que organizou os envios da Ucrânia, mostram que 57% dos grãos ucranianos foram para países em desenvolvimento, com a China sendo o principal destino, recebendo quase um quarto dos alimentos.
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